quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Retrospectiva econômica de 2023, a ex Venezuela ultrapassa o Canadá!

Fim de ano é sempre assim tanto para vocês quanto pra mim. Retrospectiva do velho e promessas do novo! Eu particularmente gosto mais de ideias e sonhos do que promessas. Até porque essas últimas todo mundo faz e ninguém cumpre. Do tipo daquela que o sujeito promete ir à academia no ano vindouro. E não vai! Aí lá vai eu, de noite, de madrugada, por todos os vindouros!

Por isso, deixemos cada um com suas promessas e tratemos da retrospectiva de 2023. Aborreci meus leitores, ao longo do ano, com crônicas políticas e de guerras. Então deixarei esses assuntos pra Vênus Platinada. Só peço cuidado com viés venusiano! Falemos então de economia, sempre lembrando que essa anda de mãos dadas com política e história. Logo… Lá vem ele!

O mal e velho Guedes profetizou no final do ano passado que o Brasil viraria uma Venezuela. Sem querer fazer juízo de valores do país vizinho, seguramente vamos virar este ano sem virar ele! Eu sei muito bem que o pessoal da Faria Lima sabe o que é Standard & Poor’s e Fundo Monetário Internacional. Mais do que isso, o legítimo Faria limers venera e reza na cartilha dessas entidades.

Pela primeira vez em 12 anos, a agência internacional de classificação de riscos S&P elevou a nota da dívida soberana brasileira. E o FMI estimou em seu relatório que o PIB brasileiro deve elevar o País à condição de nona potência econômica do mundo. Desse modo, o ex-dono e fundador do BTG Pactual errou a previsão de que nos igualaríamos à Venezuela e terá que engolir, à la Zagallo, a nossa ultrapassagem econômica ao gigante Canadá.

O atual governo, logo de cara, enfrentou verdadeira batalha para aprovar a PEC (proposta de emenda à constituição) de orçamento público de R$145 bilhões além do teto de gastos, dos quais R$70 bilhões para custear programas sociais com o Bolsa Família. Ele pagou caro, literalmente, ao congresso bolsonarista essa aprovação. E ainda sofreu críticas do Mercado e da grande mídia, contrários à extrapolação do chamado teto de gastos.

Ou seja responsabilidade fiscal só é lembrada, pelo Mercado e pela mídia, quando o “estouro” do teto de gastos é para matar a fome do povo, quando teto, telhado, laje e cobertura são estourados para “financiar”, com dinheiro público, a desesperada tentativa de reeleição dum genocida ouve-se um ensurdecedor silêncio neoliberal e do seu braço midiático.

Para encerrar o ano econômico foi aprovada a reforma tributária. Ainda longe da ideal, que deveria avançar mais na tributação dos super-ricos, mas mesmo assim com enormes progressos em termos de desenvolvimento econômico com justiça social. Os assalariados continuam pagando mais Imposto de Renda, descontado no próprio contracheque, para bancarem a “isenção” dos verdadeiros burgueses, os donos dos meios de produção.

Porém para mudar isso é preciso doses maciças do bom e velho chá de consciência de classe. Pois ainda o que se observa é a comovente empatia do pobre de direita com os bilionários. O dono do celtinha usado paga feliz seu IPVA ao mesmo tempo que fica indignado com a cobrança de IPVA dos jatinhos e iates que a reforma tributária aprovou. Mas enfim, avançamos economicamente em 2023, com ganhos sociais certo Faria Lima?

Ah… por falar em ganhos em 2023 o Palmeiras foi campeão brasileiro! Desculpem eu sei que isso não é novidade, pois essa até o Paulo Guedes acertaria…

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

O níver de Cristo, o "esquerdinha"!

Vivemos tempos de confusão dialética. Evangélicos brasileiros, os da seita bolsominions ignorantus, apoiam as barbáries dos judeus sionistas justificando isso em nome de Cristo. Só que os judeus não seguem Cristo. E finalmente Cristo, pela sua vida e exemplo, nunca apoiaria judeus genocidas nem evangélicos fãs do genocida local. É assim rabisqueiro? A seco? Em clima de Natal mesmo? Sim, assim, e lá vem o cronista religioso, de botequim!

Pois é difícil ignorar que ainda continue acontecendo o extermínio de crianças na Palestina e o assassino de mais de 500 mil pessoas no Brasil, tô mentindo Pfizer ?, não esteja na cadeia! Pelo contrário, segue livre e blindado por um congresso bolsonarista e fisiológico e um judiciário omisso! E pasmem, ainda mitificado por um grande rebanho de ret@rd@d*s, que nas horas vagas cantam hino nacional pra pneu e mandam PIX pra miliciano! Haja clima!

Mas sim é o aniversário de Cristo. Totalmente deturpado pela maioria dos “convidados”, mas é níver dele. Aquele que foi crucificado pela elite da época, que o tratava como subversivo e só não o taxava de esquerdista pois ainda não havia acontecido a Revolução Francesa, nem o chamava de comunista porque ainda não havia para eles Marx. E nem Rita Lee… desculpem mas não podia deixar de homenagear minha rainha, certo poeta Caetano?

"Gosto de pensar no Natal como um ato de subversão... um menino pobre, uma mãe solteira, um pai adotivo... quem assiste seu nascimento é a ralé da sociedade, os pastores. É presenteado por gente “de outras religiões" (magos, astrólogos...). A família tem que fugir e assim viram refugiados políticos. Depois voltam a viver na periferia. O resto a gente celebra na Páscoa...mas com a mesma subversão... sim! A revolução virá dos pobres! Só deles pode vir a salvação! Feliz Natal!! Feliz subversão."        Não, o texto não é dum rabisqueiro esquerdista mas é uma antiga mensagem de Natal de Dom Helder Câmara.

Para quem não sabe Dom Helder Câmara era bispo católico, arcebispo emérito de Recife e Olinda. Desses religiosos porretas da mesma escola do papa Francisco e do padre Júlio Lancellotti. Cristãos, na acepção da palavra e das ações! Depois desse recado acho que não resta muito a dizer. Mas viver também é um ato político… e subversivo, permita-me Dom Helder!  Por isso eu digo que Cristo não tem nada a ver com fãs ou devotos de genocidas, inclusive de crianças, nem daqui nem de Israel nem da PQP!  Feliz Natal, pra rimar, viu?

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

A estupidez da guerra e dos manipuladores da opinião pública

A vida não é só trabalho. Talvez eu devesse ter como hobby cozinhar, jardinagem ou pintar quadros. Rabiscar é muito perigoso. É um esporte muito radical, bem mais do que aqueles que eu pratico com um fanatismo quase religioso. E ainda mais perigoso é se o tema for política ou economia. Internacional então é coisa de maluco pretensioso! Mas enfim, lá vem o agora cronista político internacional, de botequim!

As piadas, ironias ou pilhérias, como diria meu amigo Zé Reinaldo, param por aqui. Pois a morte de crianças, em especial brutalmente torturadas e assassinadas, costuma dar um curto-circuito na minha cabeça. Alarme! A usina disparou!

A grande mídia local, a que ajudou a derrubar Dilma Rousseff e fez surgir governos neoliberais, corruptos e de extrema direita como os de Temer e Bolsonaro, é a mesma que descobriu só nos últimos dias que existe uma grave e trágica crise no Oriente Médio. Ou pelo menos só agora resolveu dar destaque a ela. A relação entre as políticas tupiniquim e internacional não foi à toa. Falaremos disso adiante.

Data de junho de 1967, sim 56 anos atrás, aquela que ficou conhecida como a guerra dos 6 dias. O conflito trouxe grandes mudanças geográficas, permitindo que Israel expandisse seu território. O país passou a controlar a península do Sinai e a Faixa de Gaza, antes pertencentes ao Egito; as colinas de Golã, que faziam parte da Síria; e Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, que pertenciam à Jordânia.

Alguma novidade? Não, absolutamente nenhuma. São fatos e história, outro fetiche deste rabisqueiro. Só cabe aqui recordar que apesar de resolução da ONU, de dezembro de 1967, determinar a retirada de Israel dos territórios ocupados, o governo israelense nunca cumpriu a determinação. De lá para cá o conflito continuou sem solução, com momentos raros de paz, negociações e outros tristes episódios de guerra como os de agora.

Vale destacar que há momentos que não foram nem são de paz mas não merecem as manchetes e a indignação da grande imprensa. Sistematicamente, o governo de Israel, com as bênçãos do Tio Sam, vem massacrando os palestinos em ataques pontuais e coordenados, matando inclusive civis e crianças.

EUA e Israel aliados, sim! Bingo! Entenderam o link com a política brazuca? Meus pacientes leitores não precisam puxar muito pela memória para recordarem a grande aproximação do governo do genocida, ladrão de jóias nas horas vagas, com o governo de extrema direita de Israel. 

Depois de Trump, nenhum dirigente internacional mereceu tantos “mimos” do Capitão do que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Acho até que o bozo não conseguia falar o sobrenome do Benjamin, mas que foi atrás do muro das lamentações com ele foi! Pronto, agora minha vizinha  higienópolis toda me cancela!

Perdão pela quebra da promessa. Mas o humor é a tal da catarse da desgraça! E o que há de mais desgraçado que a morte de civis  inocentes? Quando isso acontece ninguém tem razão. Aliás, nada mais sem razão do que a guerra! A pressão da opinião pública internacional, e seus desdobramentos políticos e econômicos, é fundamental nessa hora.   E o que se espera da imprensa, o tal do quarto poder,  é isenção, independência em relação aos interesses dos “poderosos”, cobertura ampla, credibilidade e veracidade! Tô sonhando? Desculpem!

sábado, 16 de setembro de 2023

O PÃO NOSSO DE CADA DIA...

Política pra matar fome de alimentos
arte para saciar sede de cultura
e das artes, amoral e pura
sem pudor ou mesura
a poesia se aventura

Pois imoral é barriga vazia
panela sem comida
vida sem esperanças
alma sem fantasia

E quanta hipocrisia
no dia a dia
discriminar por cor, sexo ou etnia
depois ir à Igreja
rezar o Pai nosso ou ave Maria

E assim por rebeldia,
loucura, razão ou filosofia
a arte subverte a ordem
com sua pauta política
apaixonada, irreverente e crítica…

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A “pílula do veneno”, o mercado e o apagão

Nos meus últimos tempos de Banco do Brasil trabalhei na área de mercado de capitais e operações estruturadas. Estruturando o quê, cara pálida? Sim meus pacientes leitores, cabe aqui uma breve explanação sobre esse segmento, que diga-se de passagem é bastante interessante e, conceitualmente, fundamental para a economia. Assim lá vem o cronista financeiro de estruturas de botequim…

Os grandes bancos têm setores específicos para as áreas de mercado de capitais, de aquisições, fusões, leilões públicos e reestruturação de dívidas de grandes empresas. Em face dos valores expressivos é muito comum os bancos sindicalizarem essas operações entre eles visando a mitigação de riscos. Falei grego? E olhem que essa área é de puro anglicismo. Inclusive com poison pill, a tal pílula do veneno.

Mas trocando em miúdos, como diria o grande Chico, nesse nicho os bancos realizam, em consórcio, os empréstimos para megaempresas. Só para exemplificar é comum sentarem à mesa, BB, Bradesco, Itaú e Santander e a megacorporação a ser financiada para “estruturarem a operação” de crédito, que em alguns casos nem crédito bancário tem, só a colocação de papéis, tais como debêntures, para investidores no mercado de capitais.

Imaginem a mesa! Os estruturadores de 3 ou 4 grandes bancos, da megaempresa ou órgão público, os jurídicos de cada uma dessas Casas e um grande escritório de advocacia contratado para “mediar” a operação e produzir, a muitas mãos e cabeças, os documentos jurídicos e comerciais do negócio. Pelo BB, muitas vezes foram este aqui e o Zé Reinaldo, filho da SANFRAN, do Largo São Francisco, em Sampa. O Zé, fã do Cauby Peixoto, nem tudo é perfeito, seguramente é um dos caras mais eruditos, inteligentes e articulados que conheci na minha passagem pelo Banco do Brasil. Modéstia nossa à parte, nós dávamos um pouco de trabalho para o tal Mercado.

Mas é óbvio que pela magnitude do segmento e dos valores monetários envolvidos algumas vezes injunções políticas do governo da vez podem prostituir o negócio. Seguramente foi o caso da privatização da Eletrobrás, realizado no último semestre do governo bolsonaro. Por se tratar de privatização de estatal desse porte e dos "interesses" envolvidos, os bancos participantes foram meros “colocadores” do papel no mercado. Todo o desenho da operação passou pela prancheta do Guedes. Haja vista que um dos bancos líderes do deal de distribuição de papéis foi o BTG Pactual, fundado por Paulo Faria Limers Guedes.

Deixo para outra crônica minha visão sobre as privatizações. Quem me conhece já sabe qual é… Ixi.. um comunista infiltrado no mercado de capitais! Calma, meus leitores, repito, conceitualmente, o segmento de mercado de capitais é fundamental para a economia e desenvolvimento do País. Mas nunca para estruturar operações de entrega de patrimônio público para a iniciativa privada.

O caso da Eletrobrás então é uma aberração econômica, jurídica e policial! A gigante estatal prestadora de serviço essencial, energia elétrica, com a privatização passou a ser controlada pela 3G Capital e sua subsidiária 3G Radar, ambas do trio de bilionários da Americanas. Aqueles sim, do golpe, que o Mercado faz vistas grossas e “passa pano”. E cujas fortunas não são taxadas pelo Fisco. Os do topo da cadeia alimentar, os “super-ricos”, defendidos pelos singelos pobres de direita, os “perus de Natal”!

A cereja do bolo, ou da privataria, foi a estruturação da operação, pela patota do Guedes, com o mecanismo anti reestatização, ou também chamado de anti-Lula, a tal pílula do veneno! Assim com cobras e sem antítodos apagaram-se as luzes…

sábado, 5 de agosto de 2023

O figurino do casamento… na Loja!

Outro dia vi um post no instagram que aguçou minha imaginação, de grandeza inversamente proporcional ao meu juízo. A postagem trazia a lembrança de que o ex-juiz vaza jatista, ex-ministro, e, provisoriamente, senador, Sr. Marreco Moro foi padrinho de casamento da Sra. Zambelli Django, a ainda deputada federal.

Assim não dá, isso liga a usina! Daí não resisti a tentação de criar um roteiro mais adequado, digamos assim, para o referido casório. E o humor será, uma vez mais, a catarse para as desgraças que figuras tão execráveis trouxeram para o País nos últimos anos.

Cabe destacar que o senador no dia da cerimônia chamou a deputada de “guerreira”. Isso é fato. Só fico pensando se guerreira seria pelo seu desempenho como pistoleira pelas ruas de São Paulo. Ah… pistoleira pelo porte e uso de revólver! Aliás, em plena luz do dia, no meio da rua, apontado para alguém que a nobre deputada perseguia.

E por falar em senador e deputada que hercúlea tarefa a do Bruxo!! Governar com um congresso nacional dessa “qualidade”. Muitos votaram nele sem se preocuparem com a escória que elegiam para a câmara e senado. O Lula ganhou a eleição presidencial mas o inelegível venceu a eleição parlamentar. Pois Nero e Lira sempre se completaram, seja em Roma ou no orçamento secreto. Isso, diga-se de passagem, também explica o porquê do genocida não estar ainda na Papuda ou em Bangu!

De volta ao casamento, imagino que a cerimônia para ser mais simbólica deveria ter algumas outras personagens do mesmo "nível" do peão dos EUA e da peoa do bolsonarismo. Se bem que algumas dessas personagens lá estiveram, como a  namoradinha do gado, a atriz Regina Duarte, num papel que deixaria corado até o bom e velho Francisco Cuoco!

O fato de o enlace matrimonial ter reunido debaixo do mesmo teto, maçons, bolsonaristas, evangélicos e militares, já me dá uma certa liberdade poética, no caso de cronista nupcial, para criar ao meu bel prazer o roteiro das bodas. Espero que não dê bode!

Sendo assim, na minha cabeça a cerimônia seria celebrada, a quatro mãos, por Macedo e Malafaia. E por falar em dupla, os sertanejos Gusttavo e Leonardo seriam responsáveis pela trilha sonora. Mas como “panela velha é que faz comida boa” o Reis, não o Nando, é claro, também daria sua palinha. As gravações do evento ficariam a cargo dum amigo da noiva e do padrinho, o hacker de Araraquara.

A dama de honra e guardiã das alianças e das próteses, seria a Sra. Michelle. Se bem que a maciça presença de militares talvez exigisse dela a guarda de outros tipos de próteses além das oculares. Digamos assim mais “intimas”, adquiridas, com dinheiro público, junto com viagra e leite condensado. Bravo, doce e ereto exército brasileiro! A tropa do Cid!

Finalmente para coroar a celebração o “receptador” das oferendas seria o capitão cloroquina, o “chapa” e ex-vizinho do PM reformado Lessa, ausente da cerimônia por estar preso como principal suspeito de dois assassinatos. Crimes ainda sem mandantes conhecidos!? Mas… voltando ao capitão ele aceitaria os dízimos em joias árabes, rolex, ou via PIX! Vocês acham que é piada, né?

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Na estrada

Vou
fundo
reviro mundo
respiro profundo
sangue transfundo
mente e coração fecundos
apaixonados em segundos

Barro, mato e areia
mar azul, linda sereia
estrada, vila e aldeia
vida inteira, lua cheia 
o que não fica a alma permeia

Volto
embora
não demora
você me seduz e devora
E agora?

Reencontro
imensa arquitetura
miscigenada cultura
infinita aventura
razão da minha loucura
imperfeita e linda mistura...

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Falta de educação… e de inteligência

Uma das grandes marcas dos regimes de direita é o descaso com a educação, com a ciência, o pensamento e o conhecimento. Por isso a elite adora os destros pauperis! Executam o serviço sujo para eles sem pensar, literalmente. Sendo assim, qual seria a melhor fórmula para perpetuar modelos econômicos concentradores de renda? Sim, a falta de educação.

Esse modelo tão simples quanto cruel, a direita tupiniquim vem reproduzindo, de longa data, nas terras brasilis. Agora mais recentemente na falta de melhores nomes, a direita brasileira se valeu mesmo de uma quadrilha boçal e mequetrefe para instrumentalizar o seu “plano” de governo.

Em troca dos serviços prestados, a destros opulentus, direita rica e detentora dos meios de produção, fez e continua fazendo vistas grossas para rachadinhas, genocídios, milícias e até furto de jóias da quadrilha bolsonarista. E apesar dessa quadrilha ter sido retirada do poder em termos nacionais, no estado de São Paulo uma parte do bando encontrou refúgio. 

A elite trata educação como se vê agora na famigerada discussão do ensino médio. A destro opulentus defende um modelo de aprendizado servil e técnico, sem inteligência e pensamento crítico. Porque será? Formam-se gerações de graduados e pós-graduados defensores do modelo econômico neoliberal, sem noção e consciência de classes sociais.

A direita pensante e organizada dá, ainda, para essas gerações pseudo escolarizadas, como souvenir, coisas como o tal do chat GPT, porque afinal pensar cansa! E o que poderia ser um valioso instrumento auxiliar vira um produtor intelectual. Pois se a “inteligência” humana é preguiçosa e subdesenvolvida, a artificial, controlada pela elite, atende bem aos objetivos desta última.

Além da educação, ou da sua falta, outro pilar estratégico para a elite é o sucateamento do Estado. No caso de São Paulo, e o seu último front bolsonarista, observa-se estudos para a desestatização de serviços essenciais como os prestados pela SABESP e CPTM. Num país predominantemente pobre e carente, cogita-se transferir para as sedentas mãos de lucro do Mercado o básico, sim o saneamento básico.

Mas isso fica para outro rabisco, já é tarde ou cedo…

terça-feira, 9 de maio de 2023

RITEIRA… sem eira nem beira!

A porra-louca mais careta...
de língua de fora
em versos e prosa
que agora some e… demora
pois tudo é choque sem Rosa

Imagino a dor e alegria de Caetano
ao te traduzir em Sampa
poeta perdido na tua amada cidade
entre o acerto e o engano
teu verdadeiro sentido e identidade

Bailaste na fogueira do inferno
romântica, inquieta e intensa
mutante… de par eterno
de vários e sempre Robertos
que em nada e tudo pensa
pois sua alma, tão grande, compensa…

Eu sei lá o que falo
muito menos o que agora rabisco
só sei o que sinto
pois o que escrevi eu nem li
não arrisco…
saudade de você, Rita Lee!

domingo, 30 de abril de 2023

O genocida é POP!

Na qualidade de ex do BB, calma ex do Banco do Brasil, eu sei bem a relação fiel e secular que ele tem com o agricultor. E digo agricultor porque o BB já se relacionava com o agronegócios desde antes do agro ser POP. Aliás POP pra quem, cara pálida? Depois que a agricultura se industrializou, virou latifúndio, qualquer Bradesco, Itaú ou “coirmão” privado deles passou a botar o rico e estimado dinheirinho de banqueiro particular no negócio.

Quando o crédito rural era o de mais alta inadimplência da economia, causada principalmente pelos riscos que os antigos agricultores corriam, os banqueiros do “mercado” não tinham muito apetite pelo agro. Sujeito a chuvas e trovoadas, o segmento agrícola penava para pagar suas dívidas. Qualquer perda ou diminuição de safra era falta de recursos para pagar os empréstimos. A imprevisibilidade e falta de informações climáticas, ainda sem os recursos que temos hoje de previsões via satélite, além da ausência da moderna tecnologia, que agora há, deixavam o pobre do produtor ao Deus dará. E olha que Ele, de um jeito ou de outro, dá! Já o banqueiro privado…

Além disso, os baixos spreads, “lucrinho” do banqueiro, antigamente praticados no crédito rural não motivavam muito Setúbals, Aguiares, Moreiras Salles, Safras, Villelas e famílias a serem parceiros de crédito do agro. Pois a inadimplência elevada e, em especial, juros baixos nunca combinaram muito com o gosto do mercado bancário privado, né Campos Neto?

Mas para que todo esse intróito, ô cronista de botequim vizinho do banco? É… só para falar que a Agrishow, tradicional feira internacional de tecnologia agrícola, realizada anualmente no interior do estado de São Paulo, não terá esse ano o histórico e antigo patrocínio do Banco do Brasil. Em 2023, o evento, que movimenta muito dinheiro, com produtores rurais, agroindústrias, produtores de insumos, fertilizantes, pesticidas, fabricantes de máquinas do setor, não terá o Banco que cuida do setor desde o tempo das vacas magras, literalmente.

Entendam, meus pacientes leitores, que não se faz aqui apologia ao setor agrícola arcaico e superado. Não! O segmento, assim como todos os outros e a vida, enfim, precisa de alta tecnologia, ciência, robôs, máquinas e produção com ganho de escala, até para baratear o custo do alimento para a população. Só não combina com modernização, coisas como desmatamento, agressão ao meio ambiente, corrupção política, trabalho escravo, terras improdutivas, concentração de renda, fome e nem assassinatos de ambientalistas, indígenas ou de quem o POP não perdoa! Né, MST?

E essa banda podre do agronegócio, o POP, não gosta do tal de Lula, aquele senhor comunista que está na presidência da República. E em pleno exercício do mandato dele, legitimado pelas urnas, a Agrishow perdeu o patrocínio do BB. Pois o comando POP do agro, agora em 2023, preferiu “desconvidar” o Lula, o daquele planalto sem emas nem carpas, para poder convidar para o evento, prazerosamente e sem constrangimentos, o genocida, ladrão de jóias, de pobre, de trabalhador, de orçamento público, entre outros crimes. Questão de identificação, presumo eu.

sábado, 25 de março de 2023

Os juros e o sono eterno...

Enganei vocês…! Pensaram que eu ia rabiscar sobre o pornográfico patamar da taxa de juros? Não! Já falei muito nisso, vou deixar agora para o Edu. Pois nem precisa ser economista para entender essa didática explicação dele. Creio eu que o presidente do BC/PIX e sua claque neoliberal devem, ou pelo menos deveriam, ficar nús depois dessa aula do Eduardo Moreira Real. https://www.instagram.com/reel/CqNuhG_tJSL/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
O merchan é grátis, ele merece!

Mas o que me fez rabiscar esta bagaça foi o comentário que li logo abaixo do post do Eduardo. Como esta crônica vai ficar autônoma em relação ao vídeo vou reproduzir aqui o comentário, sem dar destaque ao seu autor pois esse não merece merchan. Mas quem assistir o vídeo vai localizar o alienado comentário.

Mas vamos lá, o sujeito escreveu numa publicação que aborda a inexplicável, aliás explicável para interesses escusos, manutenção da elevada taxa de juros o seguinte “vai ficar falando só disso e ignorar o caso PCC vc Moro?” Provavelmente, o destro pauperis, recém saído de alguma porta de quartel, ignore o mal que a elevada taxa de juros faça na vida dele.

Era intenção minha dar um tempo nos rabiscos. Focar só em cuidar das finanças alheias e das minhas próprias, nesse caso tentando vender meu livro. Afinal sou um péssimo vendedor. Mas senti uma horrível pontada no fígado ao ler o comentário do provável bolsominion, o tal Mané! Se o humor é catártico para o fígado vamos aos fatos, com seriedade.

Até antes do marreco de Maringá, desculpem mas o humor é o elixir hepático, ser desmascarado em praça pública este cronista de botequim já colecionava rabiscos citando o histórico dele. Desde o caso do Banestado o desMOROnado já tinha mostrado sua cara. Depois disso ele foi o grande artífice do esquema “não deixemos o Lula ganhar a eleição de 2018”. O ex-juiz virou uma espécie de “galã” global.

Sim, a rede Globo, hoje pré-falimentar, foi uma das grandes fomentadoras do antipetismo. Ela que agora posa de “madalena arrependida” por ter ajudado a criar o monstro que ganhou as eleições de 2018. Só que o genocida endereçou as milionárias verbas publicitárias governamentais para a Record. Será por isso que a Vênus Platinada mudou de lado??

Em pouco tempo, recordemos, o ex juiz que condenou o virtual vencedor da eleição presidencial de 2018 à prisão, sem provas, virou ministro da Justiça do vencedor do mesmo pleito e, ainda, com a promessa de sua nomeação para o STF. Saiu do governo acusando o presidente de interferência no trabalho dele em razão de querer proteger a famiglia bolsonaro. Que Anderson e Marielle descansem em paz! Mas seus assassinos??

Para surpresa geral, menos para quem tem meio neurônio e um décimo de memória, o homem acabou apoiando a reeleição do sujeito de cujo governo ele se demitiu por interferência do próprio presidente. O apoio de Moro à reeleição de Bolsonaro, a quem alguns meses antes ele acusou de prevaricação? Ah sim era preciso para ele garantir o voto bolsonarista para sua candidatura ao senado.

Um sujeito com esse histórico criar uma fakenews sobre suspeita de assassinato pelo PCC seria difícil? É para falar sério? Então falemos! É para dar nome aos bois? Este rabisqueiro dá. Quem sabe dando nome aos bois o gado acorde! Se bem que acho difícil, ô sono alienante!!

domingo, 22 de janeiro de 2023

O golpe econômico-político...

Tenho ouvido que deveria criar um podcast para falar de política, economia, história e literatura. Olha só que chique, podcast! Mas que história é essa? Sou mero rabisqueiro metido a poeta com tesão por trovas, lirismo e musas. E também arremedo de cronista do cotidiano, com fetiche por história e ciências econômicas, sociais, filosóficas e políticas, neste caso o fetiche vem com perversão comunista…

Sim, cursei economia e trabalhei a vida toda no mercado financeiro. E ainda não me afastei dele. Comecei a trabalhar nele por sobrevivência e não larguei mais. Também fiz letras mas para uso próprio não tenho a pretensão de ser professor. Até porque mestre em português de verdade é um tal torcedor do Juventus, da Móoca, com quem eu tive a felicidade de ter aula. O então desconhecido Pasquale Cipro Neto.

A minha profissão foi escolhida pela necessidade. Entrei no Banco do Brasil antes do que em qualquer faculdade. A Fundação, ou afundação,  Gallucci precisava de um mantenedor. Cursar economia foi uma opção a partir do BB. Mas acabou sendo bom. Já para as letras fui porque me falaram, nas entrelinhas, que era o curso que tinha mais mulheres. Brincadeira, viram! Eu gosto de literatura! 

E foi um assunto econômico desta semana, que também deveria ser jurídico e policial, o motivo da sugestão do podcast. Ao explicá-lo recebi, de novo, a tal dica. Como não intenciono, no momento, ressalva geminiana, criar o tal de podcast, que poderia ser o poeta comunista, o economista lunático ou o filósofo de Cuba vou tratar do assunto aqui mesmo. Até em caráter de desabafo! Sendo assim, lá vem o hoje cronista econômico de botequim.

Nos bancos escolares me apresentaram economia como a ciência que administra recursos escassos para o bem comum. Só que na visão econômica de alguns, essa ciência é para “experts” que tem escrúpulos escassos o suficiente para administrarem os bens comuns de suas bilionárias fortunas. O “mercado” e a escola neoliberal parecem não se abalarem com essa prática do modo como se “descabelam” quando se fala em extrapolar o teto de gastos do governo para matar a fome do povo. E o mercado tem cabelo? Sei lá... se não tem cabelo, tem peruca e maquiagem!

Que serve para “maquiar” balanços contábeis de grandes corporações, que têm ações em bolsa de valores, “criando” lucros artificiais, onde há prejuízo, para justificar a distribuição de bônus, juros sobre capital próprio (remuneração do capital do próprio sócio) e gordos pró-labores aos seus maiores acionistas.

O mais triste é que ao ser descoberta a fraude a situação não se resolve e até piora, pois o valor das ações da tal megaempresa derrete.  Aí os pequenos acionistas veem seu modesto patrimônio virar pó. E o efeito dominó na economia e no mercado financeiro não para. A outra peça derrubada é o pequeno aplicador que, de perfil conservador pois é avesso a correr riscos, tem seu dinheirinho em fundos conservadores. Aqueles que têm em sua carteira de investimentos ações como as da mega e “sólida” empresa, aquela que dá lucro só no papel. Ah e no bolso de 2 ou 3 celebridades da Forbes, a “playboy” do neoliberalismo!

O dominó acabou? Infelizmente não. Além dos pequenos acionistas e micro aplicadores do mercado financeiro tem mais gente afetada. Para a megaempresa, que na verdade dá prejuízo, manter suas atividades operacionais ela precisa de recursos certo? Sim, e aí entraram os empréstimos bancários. Um terço da dívida da Americanas, ops da megaempresa, é CEF, BNDES, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e FINEP. Bom, concordata ou recuperação judicial deferida o mico cai no colo dos bancos públicos e da estatal de fomento de projetos com dinheiro público (FINEP) . Sim meu paciente leitor e cidadão brasileiro o prejuízo chegou em nós!

Política? Ah golpe militar não saiu porém o econômico sim! Mas como política e economia andam de braços dados, para o bem ou para o mal, ao “apagar das luzes”, precisamente dia 21.12.2022, o governo do genocida, aquele que compra vibrador no cartão corporativo, concedeu, via Caixa Econômica Federal, empréstimo de R$ 450 milhões à Americanas, do Brasil! Da Pátria, Deus e família, deles!

O filho da mãe!

O Palmeiras deu férias para minha televisão. Desde o hendeca ando meio afastado da telinha. Acompanhei a Copa do Mundo de soslaio. Apesar de que tive um ímpeto nacionalista, calma não cheguei a vestir a canarinho, quando o Pombo deu as caras. Até porque ele era um verdadeiro oásis de cidadania naquele time. Mas acho que cortaram as asas dele. Afinal ele vinha se destacando mais que as grandes e legítimas "lideranças" do time. O sonegador e o tocador de pandeiro, que nas horas vagas estupra jovem espanhola em banheiro público.

É verdade que a Argentina de Messi e sua torcida empolgaram e protagonizaram contra a França de Mbappé a melhor final de Copa do Mundo que já assisti. As alternativas, chances e reviravoltas no placar de fato tornaram o jogo em confronto histórico. O título acabou premiando toda a carreira de Lionel Messi, que comemorou sob as bênçãos de Dio Dieguito. O argentino petista e fã do Lula. Lá vem… mano do Céu o assunto é Palmeiras, televisão, Copa do Mundo ou política??

Nenhum deles. O tema é Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros! Se bem que por falar, de passagem, em TV, política e Argentina assisti “Argentina 1985” com o Darin, o papa do cinema portenho. O filme é espetacular. Meu sonho de consumo para o Brasil 2018-2022. Quem sabe? Uma ponte aérea Orlando-Bangu. Parei... por ora!!

Mas enfim, e mais importante, dia desses vi o documentário “Filho da mãe” que narra a trajetória do ator, diretor e roteirista Paulo Gustavo. A Dona Hermínia! Verdade, o Paulo é um filho da mãe! Com o talento da mãe, do pai, do filho e do Espírito Santo. Amém! Chorei de rir e chorei de chorar! Sim, algumas pessoas têm o talento de fazer isso com a gente!

Há uma matéria no curso de Letras chamada Linguística. Acho que cabe a definição aqui né? Pois nem todo mundo é louco a ponto de gostar de Letras! Aí vai… “linguística é a ciência que tem por objeto a linguagem humana em seus aspectos fonético, morfológico, sintático, semântico, social e psicológico”. Aprendi com um professor que na linguística o que conta é a perfeita comunicação entre o emissor e o receptor da mensagem, independente da forma como ela se processe.

O Paulo estabeleceu essa tal perfeita comunicação conosco, seus receptores de carteirinha. A sua “literatura” foi ao mesmo tempo simples e brilhante. Ele não foi militante mas assumiu, a partir da sua própria vida, corajosas posições políticas. Não foi filósofo nem sociólogo, mas a partir de um tema comum e cotidiano, a relação entre mãe e filho, fez uma profunda reflexão sobre as relações humanas. Com humor, inteligência e sensibilidade.

Além desses adjetivos, o documentário mostrou ainda um homem preocupado com as pessoas, solidário, carismático e generoso. O seu ar zombeteiro, também fora do palco, realmente era arrebatador. Pessoalmente me senti emocionado com algumas coincidências. Ele foi internado no mesmo dia que eu e tive alta dez dias antes da morte dele. Até recordei que quando eu regressava a este planeta, que mesmo eu grogue não me pareceu plano, pude acompanhar o final de sua luta pela vida.

Uma luta infeliz e injustamente perdida. Mas isso não invalida a sua batalha nem o legado que ele deixou. Fica a certeza que além do seu talento, brilho e generosidade, sua morte, como a de outras 700 mil pessoas vítimas da covid, não podem ficar impunes. Assim como a de índios, crianças e adultos, mortos de fome pela irresponsabilidade e perversidade do fujão, hóspede do ex-lutador e atual anfitrião de genocida, José Aldo da Silva. Anota aí Xandão!