A vida não é só trabalho. Talvez eu devesse ter como hobby cozinhar, jardinagem ou pintar quadros. Rabiscar é muito perigoso. É um esporte muito radical, bem mais do que aqueles que eu pratico com um fanatismo quase religioso. E ainda mais perigoso é se o tema for política ou economia. Internacional então é coisa de maluco pretensioso! Mas enfim, lá vem o agora cronista político internacional, de botequim!
As piadas, ironias ou pilhérias, como diria meu amigo Zé Reinaldo, param por aqui. Pois a morte de crianças, em especial brutalmente torturadas e assassinadas, costuma dar um curto-circuito na minha cabeça. Alarme! A usina disparou!
A grande mídia local, a que ajudou a derrubar Dilma Rousseff e fez surgir governos neoliberais, corruptos e de extrema direita como os de Temer e Bolsonaro, é a mesma que descobriu só nos últimos dias que existe uma grave e trágica crise no Oriente Médio. Ou pelo menos só agora resolveu dar destaque a ela. A relação entre as políticas tupiniquim e internacional não foi à toa. Falaremos disso adiante.
Data de junho de 1967, sim 56 anos atrás, aquela que ficou conhecida como a guerra dos 6 dias. O conflito trouxe grandes mudanças geográficas, permitindo que Israel expandisse seu território. O país passou a controlar a península do Sinai e a Faixa de Gaza, antes pertencentes ao Egito; as colinas de Golã, que faziam parte da Síria; e Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, que pertenciam à Jordânia.
Alguma novidade? Não, absolutamente nenhuma. São fatos e história, outro fetiche deste rabisqueiro. Só cabe aqui recordar que apesar de resolução da ONU, de dezembro de 1967, determinar a retirada de Israel dos territórios ocupados, o governo israelense nunca cumpriu a determinação. De lá para cá o conflito continuou sem solução, com momentos raros de paz, negociações e outros tristes episódios de guerra como os de agora.
Vale destacar que há momentos que não foram nem são de paz mas não merecem as manchetes e a indignação da grande imprensa. Sistematicamente, o governo de Israel, com as bênçãos do Tio Sam, vem massacrando os palestinos em ataques pontuais e coordenados, matando inclusive civis e crianças.
EUA e Israel aliados, sim! Bingo! Entenderam o link com a política brazuca? Meus pacientes leitores não precisam puxar muito pela memória para recordarem a grande aproximação do governo do genocida, ladrão de jóias nas horas vagas, com o governo de extrema direita de Israel.
Depois de Trump, nenhum dirigente internacional mereceu tantos “mimos” do Capitão do que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Acho até que o bozo não conseguia falar o sobrenome do Benjamin, mas que foi atrás do muro das lamentações com ele foi! Pronto, agora minha vizinha higienópolis toda me cancela!
Perdão pela quebra da promessa. Mas o humor é a tal da catarse da desgraça! E o que há de mais desgraçado que a morte de civis inocentes? Quando isso acontece ninguém tem razão. Aliás, nada mais sem razão do que a guerra! A pressão da opinião pública internacional, e seus desdobramentos políticos e econômicos, é fundamental nessa hora. E o que se espera da imprensa, o tal do quarto poder, é isenção, independência em relação aos interesses dos “poderosos”, cobertura ampla, credibilidade e veracidade! Tô sonhando? Desculpem!
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