Escrever textos para você?!
Não sei não... Será que devo?
Creio que tal coisa se afigure como um grande desafio.
Seria apropriado aceitá-lo?
Haveria interesse e predisposição recíproca em topar tal empreitada?
Inspiração, motivo e prazer não faltariam, mas e juízo?
Além de oportunidade, existiria conveniência?
Excitante seria, mas e sensato?
Essa aventura literária nos conduziria a um lugar seguro? E a nós interessaria essa tal segurança?
Gosto de trabalhar as palavras, garimpar as frases e esconder nos textos o que há de mais explícito em mim. Seria o caso?
Palavras e frases num sútil e criativo arranjo produziriam, nesta situação, a delicada carícia invisível a que se propõem?
Quando escrevo é um orgasmo. Caberia tê-lo?
Poderia eu transgredir, ousar, subverter, abusar e mexer no fundo do mais profundo? Ainda que com carinho e paixão?
Sou bem imperfeito e cometo erros. O texto me redime. Faria sentido a redenção?
E se acaso cometesse algum deslize, quem sabe até um desatino! Se por descuido enveredasse por caminhos proibidos; não por mim mas por você. Quem sabe inoportuno fosse resvalando, ainda que sem intenção, por metáfora ou analogia, em algum tema que trouxesse desconfortos, arrepios ou o que é pior indiferença.
Enfim... também posso escrever muito sem dizer nada ou dizer tudo sem nada parecer ter dito.
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