sábado, 26 de maio de 2012

AMIGO URSO

Todo fim de ano é assim. Tanto pra vocês quanto pra mim. Seja na Paulista ou na Chácara Klabin.  Confraternizações, discursos e promessas. E eu sempre nessas. Mas ontem fui a um evento diferente. Com cerveja de grife, bom vinho e boa gente. Mas essa composição revelou-se surpreendente. Vejamos.

 Fui de carona. Com colegas, no carro da minha chefa. Hábil pilota! Dirigia, falava ao celular, mandava mensagem e conversa com os passageiros ao mesmo tempo. Tudo isso e ainda linda, nossa miss catarinense, com todo respeito meu caro Sr. Costa, o consorte!!!

Fui no banco de trás  do carro, pois o Renato kis ir na frente. E ele foi segurando algo, que eu não sei bem o que era, mas estava no meio das pernas dele, e uma das mamães do evento, Miss Andressa, insistia em pedir que ele não balançasse. Sob pena dele se melecar. Preferi não fazer perguntas.

 Chegando à cobertura Costa Buss fomos recebidos pelo jovem anfitrião Theo. O reinventor do ipad recebeu festivamente aquela horda, que sua mãe chamava carinhosamente de seus “funcionários”. Integrava também nossa comitiva Madre Teresa de Turrá,  já praticamente em trabalho de parto.

 E aí não parou mais de chegar gente. Veio tanta gente, que até o Edson Costa, o dono casa, também veio. Tinha tanto povo que só grávidas tinham quatro. Mas o inesperado ainda estava por vir. E o inesperado não era o Zé Reinaldo Senior, com a sua camiseta número 8 às costas,  um verdadeiro Gerson!

  Já o Omine, obcecado, insistia em cobrar tarifa de todo mundo que se aproximasse da mesa de frios. Em cujo entorno circulávamos eu e o sr. Marco Antonio, de camiseta de surfista. Excepcionalmente, debatíamos e discordávamos de temas políticos-partidários, filosóficos, econômicos, futebolísticos e religiosos. Isso enquanto observávamos o Renato, Proença, ouvindo, pela décima quinta vez, o seu xará falar sobre a mais nova aquisição da CEMIG. Seria o Messi???

 Mais a noite avançou. E talvez algumas propriedades alucinógenas daquelas variedades de cervejas e vinhos desencadearam cenas indescritíveis. Mas vou tentar. Assim que foi iniciada o que era para ser uma singela e afetuosa troca de presentes uma série de furtos,  insultos, chantagens, coerções e outras baixarias começaram. Foram taças roubadas, cd’s, dvd’s, porta-retratos, garrafas de vinho e outras lembranças subtraídas reciprocamente e sem cerimônias, era ladrão roubando de ladrão. 

 O espetáculo só terminou quando o Renato, que durante a transe coletiva Kis e foi ao banheiro com seu presente, creio eu, debaixo do braço, aceitou ficar com o envelope premiado que dava direito a uma viagem de ida e volta para Indaiatuba, na vã clandestina locada pela Diretoria Comercial do Banco do Brasil. 

 Eu só sei dizer que acordei no dia seguinte abraçado ao meu vinho e as minhas taças no meu acampamento. Já o Zé Reinaldo, imagino eu, deve ter acordado nos braços da Adele, ao som de Cauby Peixoto!

3 comentários:

  1. Ótimo texto!!! Parabéns!!!

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  2. Uma viagem de ida e volta para Indaiatuba, em uma vãn clandestina???
    Que presentão.. sauhsuahusah

    De algumas que li, essa foi a que eu mais gostei.... Admirei o seu modo de escrever!!

    Parabéns!

    Fernando Iponema

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