Alguns seguidores, talvez meio perdidos, têm me perguntado sobre as crônicas políticas. A minha querida e amada galera da esquerda gosta da pegada pesada, sem perder a ternura, é claro! Então, companheiras e companheiros... não é por falta de gosto, mas talvez desgosto.
A minha atração pela política continua a mesma, acompanho pari passu. Mas, convenhamos, a toxicidade do tema muitas vezes ataca o fígado. E haja bílis. Ainda mais com o câncer metastático que hoje ocupa a presidência verde-amarela. Se não bastasse todas as divergências políticas, econômicas, ideológicas, filosóficas, intelectuais, culturais, etc etc, ainda tenho um ranço pessoal do sujeito. O cabra tentou me matar.
Dramático? Será? Sei lá.... Já rabisquei, em versos e prosa, a experiência de 17 dias na UTI, entubado, dos 35 que fiquei internado. Hoje, depois de ano e meio, vez ou outra, ainda sonho ou “pesadeleio” com o pelotão de branco do Nove de Julho, nosocômio paulistano. Peguei uma covid devastadora sem dose nem piedade. Numa época que, apesar de já ter no mundo, não havia vacina no Brasil! Eu não tinha sido copiado dos e-mails da Pfizer.
Mas eu tive sorte! Graças a Deus, pude “entregar” 12 kg de músculos para me safar desta. Sai do hospital uma geleia. Não parava em pé, que dirá andar. Ainda bem que, ao contrário de muitos brasilenhos, os músculos têm memória. Enfim sobrevivi, porém, infelizmente, mais de 680 mil brasileiros não tiveram a mesma sorte. Mas essa conta o genocida vai pagar na Justiça. Nem que seja a divina!
A conta dos pobres é que não fecha. E é por causa deles que resolvi, hoje, voltar a rabiscar sobre política, história e economia. Pois nunca deixei de gostar desses temas e não tenho amnésia. Afinal, ninguém passa por um curso de economia, pós em finanças e 39 anos no mercado financeiro sem aprender nada dessa bagaça.
No começo de 2020, em função da pandemia, tivemos o isolamento social, que salvou muita gente apesar de, recordar é viver!, o “presida” ter sido contra e combatido de todas as formas a medida. Escrevi, à época, nesses rabiscos da vida, que era imprescindível a injeção de recursos, pelo governo, para salvar a economia. Ainda que fosse com a emissão de moeda, conforme defendiam os “lunáticos” economistas da escola desenvolvimentista, ou seria economistas poéticos amantes da Lua?
Mas o capitão e seu ajudante de ordens, o anão do Mercado, foram contra. Aliás, sempre criticaram o bolsa família e outras "esmolas oficiais para vagabundos", como o mercado, seu capataz ministerial e o bobo da corte chamavam os programas petistas de distribuição de renda. Os tais vermelhos comunas!! Apenas, e tão somente, por pressão da oposição foi aprovado o auxílio emergencial, inclusive num valor maior do que o governo, encurralado e contrariado, aceitava dar. Isso são fatos recentes não é fábula. É História! A do “Capitão, os pastores e suas ovelhas”
Aí depois de 3 anos e 10 meses matando o povo de fome, de covid e de ódio, o capetão, ops capitão, percebeu, há dois meses da eleição, que existe pobreza no Brasil. Mais uma sórdida tentativa de manipulação, haja vista as condições e validade do chamado Auxílio Brasil. Torço, de coração, que a população mais carente aproveite bem o dinheiro e saiba em quem votar. De repente, em alguém que tem como premissa uma política permanente de inclusão social e distribuição de renda. Do tipo daquela que tirou da miséria 40 milhões de brasileiros, os quais o capitão solenemente devolveu a ela! Eu avisei do fígado…
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