quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Bolinhos de emergência...

Geralmente temos memórias afetivas de pratos e guloseimas da infância. Aquelas saudosas receitas caseiras de mães, ou de avós, que sempre nos acompanham pela vida. No meu caso foi já na idade adulta que comecei a colecionar memórias e recordações de iguarias. Foi de carona, com meus filhos, que descobri os dotes culinários da minha mãe. Eu diria que dona Eudette pelos netos dela até cozinheira se revelou.

Justiça seja feita, minha tia Marcela era muito boa de culinária, era por assim dizer a cozinheira da família. Eu me lembro bem de seu pavê de coco, tão espetacular que nunca conheci outro igual. Sim, era a minha tia do pavê. E foi na casa dela que eu fui criado. Porque as memórias visuais e sonoras da minha primeira infância, essas sim bem marcantes, me levaram para lá. Para morar com minhas primas, a dona Marcela e seu Antônio, o meu tio. Tio que se fizesse alguma piada do pavê da sua esposa o levaria pela fuça.

Sim a dona Marcela era brava, minha italianinha brava como já rabisquei em algumas dessas crônicas da vida. Contrastava, ainda bem!!, com a “calma” do seu Antônio, o palestrino das Minas Gerais. Ela fazia costura em casa “pra fora”, era a rainha do lar! Fosse o mineiro a atrever-se a desobedecê-la. “Ô trem bravo parece que não é mineira”, dizia ele, ao que ela retrucava: “Graças a Deus”!!

Já a sua irmã, dona Eudette, era o oposto. Trabalhava fora, sustentava a casa, era uma leoa da porta pra fora. Mas dentro de casa era difícil trombar de frente com seu marido. Cachaças, bares, delegacias, canas, hospitais, feridos e feridas conheciam bem a fúria descontrolada do seu Agripio. A antítese do pacato seu Antônio, mas que, ironicamente, também gostava da água que passarinho não bebe…

Mas enfim, cheguemos as minhas memórias afetivas culinárias! Sendo assim, lá vem, então, o cronista gastronômico de botequim! Já crescido, casado, ou melhor divorciado, levava eu “religiosamente” todo final de semana meus filhos à casa da minha mãe. E sentado à mesa, no chão, no sofá ou em qualquer lugar do "apertamento", empoleirado como criança ao lado do Xan e da Caru, eu degustava bifes à milanesa, macarrão com molho, drumets de frango, a folha de alface “sem caroço” que ela preparava para a neta dela junto com o tomate bem maduro, ao gosto do seu neto. Depois de 5 minutos… tinha pipoca! Ah mas o melhor estava por vir…

Antes cabe um registro, o pavê da “Amor aos Pedaços” (um dia vou cobrar todos esses merchans!) muito se aproxima, em termos de qualidade do da italianinha brava. Só não encontro por aí, os bolinhos de chuva da dona Eudette, que servidos depois de toda comilança ela carinhosamente chamava de bolinhos de emergência. Talvez porque em pedaço nenhum vai caber todo o amor daquela avó pelos seus netos.

sábado, 28 de setembro de 2024

Os incêndios e os bombeiros, as Bets e o Bolsa Família

Aqui nas terras brasilis detalhado estudo da ANTP (Associação Nacional dos Terraplanistas) concluiu que os culpados pelos incêndios são os bombeiros. Para tanto foram analisadas, sob ótica de fakenews e inteligências “superiores”, diversas amostras estatísticas, variáveis e discriminantes. Ora pois, qual é o fator comum presente em todos os incêndios?

Por essas pastagens durante 4 anos o governo anterior incentivou o desmatamento, para passar a boiada, debochou de preocupações ambientais e climáticas, extinguiu órgãos ambientais, armou grileiros, liberou agrotóxicos e determinou que o modelo predador do meio ambiente e da qualidade dos alimentos era o seu ideal de agronegócios. Pois para essa galera a eles cabe este latifúndio.

Devido a essas questões e outras, nas áreas econômicas, sanitárias, educacionais, legais, culturais, intelectuais e civilizatórias, que este cronista de meio ambiente de botequim não irá enumerar, o tal governo foi “destronado” pela maioria. Não vou elencar tais aspectos porque esta é uma simples crônica e não um parrudo romance de terror, que poderia muito bem ser escrito para descrever o governo do larápio de pobre e de orçamento público.

O governo que o sucedeu, além do espólio econômico e social herdou também as tempestades, a fumaça e a falta de bonança. Enfrentou uma das maiores tragédias climáticas já vista, que deixou praticamente um estado inteiro sob as águas. E agora lida com fenômenos de poluição e péssima qualidade do ar provocados por queimadas da “turma que passa a boiada”. Lembram? A ANTP não! Segundo a associação, a culpa é do bombeiro, ou da administração atual!

Novo fato vem agora “reforçar” as teses da ANTP. No mandato anterior ao do genocida, o do Vampiro, foram criadas umas tais de Bets. Que podia se chamar também Jld (jogatina para lavagem de dinheiro). O vampiro criou e deixou para o genocida regulamentar. Mas este deixou o jogo rolar e lavar… Sem regras, impostos, identificação da origem do dinheiro e dos seus donos. Enfim, a lavagem de dim dim foi liberada pelo Vampiro e correu solta com o homem das trevas. Até faz sentido, né?

Hoje após a explosão do escândalo das Bets, com denúncias e prisões, opa já soltaram!, chegou-se até a um nome ligado ao antigo governo. Latifundiário, passador da boiada, dono de jatinho e de iate que dá carona para ministro do STF que foi indicado pelo colecionador de jóias alheias. Coincidência né?

Mais ai... rapidamente o Banco Central, aquele dos juros altos, outro aliado do golpista (vão vendo o tamanho da capivara do ex!), divulgou a notícia de que os beneficiários do Bolsa Família, criado pelo governo atual, gastaram R$3 bi com Bets em agosto deste ano. Pronto, mudou-se o foco!

É óbvio que o Bolsa Família não é a solução dos problemas nacionais. Só apaga o incêndio. É um mal necessário para que parte da população não morra de fome enquanto espera que se invista no que pode mudar seu destino, a educação! Só que os governos de extrema-direita, como o do genocida, que por sinal aumentou em muito o número de famintos, o do vampiro e os da ditadura militar, nada investiram em educação. E a moda agora dos ultra “destros”, é transformar educação em escolas cívico-militares, sem nenhuma preocupação com desenvolvimento intelectual e do pensamento. Para se formar gerações servis, alienadas e manipuláveis. Ainda mais!

No pacote de sucateamento da educação, a extrema-direita e seu braço econômico, o neoliberalismo, “oferecem” a visão de mundo individualista, desprovida de senso social e crítico, e de inteligência. Estimula o que chama de “empreendedorismo", do tipo entregador “autônomo” de IFOOD com bicicleta alugada. Esse empreendedor totalmente “livre” dos grilhões dos direitos trabalhistas e da CLT! E se o empreendedor cair da bike alugada e se machucar? Ah, a reforma trabalhista não previu isso!

Assim, carentes de educação, de consciência de classe e de visão e responsabilidade social cria-se uma sociedade ávida por “ganhar dinheiro fácil”. Influencers, coaches, mestres em auto-ajuda e outros vendedores de ilusões, apoiadores dos governos de extrema-direita, estimulam a ganância oportunista e o individualismo.

Mas, no brazuca, a culpa do incêndio não é da falta de investimentos em ciência e educação, nem de uma elite que só concentra renda e distribui ignorância e falsas ilusões, a culpa é do projeto Bolsa Família e de quem o criou. Sim a ANTP concluiu que a culpa é do bombeiro!

domingo, 18 de agosto de 2024

Dante Alighieri, escritor, poeta e político italiano…

Esta crônica é baseada em fatos reais, apenas os nomes são fictícios. A história me foi contada, recentemente, pela filha remanescente de um dos imigrantes italianos personagens deste rabisco. A ideia original é escrever um romance, mas até que essa nova aventura literária esteja concretizada e para registro dos acontecimentos lá vamos nós com o cronista de tarantelas.

Na Itália o fascismo foi um período em que o país foi governado por um partido político conservador, radical e de extrema-direita, de 1922 a 1943. Liderado por Benito Mussolini, o fascismo se aproveitou do cenário de incerteza em que vivia a Itália no pós-Primeira Guerra Mundial.

Fugindo do fascimo, da miséria e do desemprego, dois jovens irmãos italianos desembarcaram no Porto de Santos lá pelos idos de 1930. Dentro das velhas malas traziam poucas roupas e muitos sonhos. O mais velho, Romeo Montanari, com 25 anos, trouxe a tiracolo o inseparável irmão caçula, Tibério Montanari, de 22 anos.

Conta minha entrevistada que os irmãos foram morar no bairro da Penha, em São Paulo. Compravam flores no mercado e as vendiam na rua. Românticos ítalos! E foi lá que o jovem Tibério veio a conhecer a sua futura esposa, a ainda adolescente Genara. Tibério e Genara viriam a ser os pais de dona Nera, a minha fonte deste rabisco. Aliás, diga-se de passagem, na fonte da dona Nera só jorra Coca-Cola. Quem sabe eu descolo um merchant…

Logo os dois irmãos já estavam casados e enfilhados. Romeo teve o Romeozinho e Tibério sua primeira das três filhas. Aliás, dona Nera conta, com certa mágoa, que seu pai sempre sonhou com um herdeiro homem. E ela, a mais nova das três filhas, foi criada “como um moleque”. O que, segundo ela, justifica o jeito truculento que a dona Nera diz ter. Será?

Relata dona Nera, que certa vez esse seu estilo “casca-grossa” só não a fez explodir porque não ouviu o médico da Prevent Senior, outro possível merchant?, chamá-la de “botijãozinho”. Só por estar, com seu metro e meio de altura, ligeiramente acima do peso aos 80 e poucos anos de idade!

Mas voltando aos irmãos Montanari, uma proposta de emprego veio a mudar a vida deles e dos seus herdeiros. O caçula, Tibério, soube de uma vaga de zelador do campo de bocha do clube “Dante Alighieri” na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Perfeito! Porque sua esposa, a jovem Genara, iria trabalhar na cozinha do clube. Assim, para lá foram Tibério, já com a filha, irmã mais velha da dona Nera, e Romeo, já com Romeozinho e Enzo. Os bambinos do irmão, mesmo eu sem entender bem o porquê dessa preferência por filhos homens, imagino, pelo o que me foi relatado, que deveria angustiar o jovem Tibério.

Tibério cuidando da quadra de bocha do Dante Alighieri e Romeo agora vendendo flores nas ruas de Ribeirão Preto. Vida nova segue! Até que um bilhete de loteria premiado comprado por Romeo muda suas vidas. O sortudo compra, com o "prêmio", um terreno e monta um abatedouro que  depois se transforma no Frigorífico Montanari. Segundo dona Nera, viria a ser um dos maiores frigoríficos da região.

Romeo colocou Tibério como sócio. Tempos abonados vieram pela frente. Tibério teve mais duas filhas, inclusive a caçula, dona Nera. Já Romeo teve além de Romeozinho, Enzo, Roberto e Brazilina. Infâncias abastadas ao sabor do Frigorífico Montanari. Romeo, que assim como o irmão tinha pouca escolaridade, fez gosto que Romeozinho, o herdeiro mais velho, tivesse acesso aos melhores colégios e a melhor formação. Advogado, contador, orador com direito a doutorado. E nome de rua em Ribeirão Preto!

Só que Romeozinho, segundo dona Nera, além de “estudado” e muito inteligente era como ela disse “incorrigível italianinho rabo de saia”. Aí vieram os alfas romeos, a esposa em Ribeirão Preto, as companhias paulistanas... 400 quilômetros para cá, 400 quilômetros para lá… O bem “preparado” herdeiro delegou demais e um contador deu um grande desfalque nas contas do Frigorífico Montanari. Pronto, segundo a irmã do meio da Dona Nera, acabou a infância de Cinderela!

Romeo e os filhos ainda ficaram em Ribeirão Preto brigando na Justiça na vã tentativa de reaver o dinheiro. Já Tibério voltou para a Capital com a mulher e as três filhas. Sem dinheiro e sem estudo e profissão  foi trabalhar de operário nas fábricas que empregavam imigrantes. Tempos bicudos pela frente.

Conta Dona Nera, que Tibério morreu relativamente jovem. Conseguiu, com luta e esforço, algum progresso e criou suas três filhas.  Ele, ainda, conviveu com o primeiro neto, uma neta!! E faleceu logo após o nascimento do segundo neto, sim agora um bambino. O coração do italiano não deve ter aguentado conhecer o neto! Mas quem sabe num desses wi-fis celestiais ele leia um rabisco que conta que seu bisneto, com diploma da USP debaixo do braço, virou professor do colégio Dante Alighieri, em Sampa.  Arrivederci!


sábado, 10 de agosto de 2024

As “minas” olímpicas!

Estão praticamente terminadas as competições olímpicas de Paris 2024. Encerram-se amanhã dia 11.08.2024. Mas já percebo uma certa volúpia de simpatizantes de bolsonaro, talvez o maior especialista em ouro neste País, em criticar a participação brasileira nos jogos. Obviamente o objetivo é tentar imputar ao governo de turno o que eles chamam de “fracasso olímpico”. Né, Mion?

Longe deste rabisqueiro condenar quem politiza todos os assuntos. Até porque acho que, como alguém já disse, “respirar é um ato político”. Só que para politizar qualquer tema o mínimo que se espera é informação e inteligência. Não dá para confundir uma festa pagã ligada aos deuses do Olimpo à Santa Ceia. Muito menos chamar de transsexual uma mulher que biológicamente nasceu mulher só porque a mesma não atende aos requisitos de “bela, recatada e do lar”.

Mas, enfim, intelecto e informação verdadeira não combinam muito bem com os seguidores do nosso “homem do ouro”. Sendo assim, voltemos às disputas esportivas de Paris. Com a licença poética dos meus amigos leitores, lá vem o cronista olímpico de boteco!

O número de 20 medalhas ganhas pelo Brasil em Paris não fica tão longe do nosso recorde histórico, que é de 21 medalhas, conquistadas em Tóquio. E muito provavelmente o resultado teria sido melhor se o mito do “Vivendas da Barra” não tivesse cortado o “bolsa atleta”, acabado com o Ministério do Esporte e outras medidas do gênero. O único esporte incentivado pelo governo anterior foi o tiro ao pobre!

Mas o que chama mais a atenção é que dessas 20 medalhas, 12 foram ganhas por mulheres e 1 por uma equipe mista do judô. Logo as meninas, tão maltratadas no governo do “homem” que diz ter tido uma filha numa “fraquejada”. Especialista em ofender mulheres, sejam elas jornalistas, políticas, esportistas, bonitas ou feias, essas então segundo o capitão “não merecem nem serem estupradas”. Bom, Freud explica…

E dos grandes favoritos, as equipes masculinas de futebol e de vôlei e o boy do surf negaram ouro e fogo! De Neymares a Bernardinhos, passando por Medinas, todos bolsonaristas de carteirinha! Sim, todos podem e devem politizar tudo, mas estudem para isso, para aí sim sabermos quem de fato fracassou!

Parabéns pras minas!

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Exercício, disciplina e Saúde

Vida saudável não é fácil, é uma ginástica! E olhem que, para mim, a parte da ginástica propriamente dita é a mais fácil. Treinar cinco, seis ou até sete dias por semana é tranquilo para um viciado em serotonina, endorfina e noradrenalina. Até porque faço atividade física para a cabeça.

Mas disciplinar sono e alimentação são tarefas bem complicadas para um desregrado cronista de botequim. Tenho algumas amigas nutricionistas que tentam, valentemente, me ajudarem nessa tarefa. Os wheys, creatinas e multivitamínicos da vida até que encaro numa boa. Mas algumas amarras da alimentação saudável “engessam” até a alma um inquieto arremedo de poeta.

E o sono? A insônia me acompanha há tantos anos a fio que eu não sei bem o que é esse troço que chamam de sono restaurador. Ah vá… se eu conseguir dormir algumas horas já estou no lucro. Afinal tem hora mais apropriada para se rabiscar do que numa madrugada de insônia? De preferência comendo uma boa pipoca! Sem manteiga, para não engordurar o teclado!

E as dicas dos especialistas? Desligar-se das redes sociais às 21:35h, chá de erva-cidreira morno ao deitar, óleo de lavanda no travesseiro, ouvir, de olhos fechados, o mantra “coração quente, cabeça fria” do guru ultra zen Abel Ferreira, repetir 11 vezes no espelho “eu estou com sono”, batendo no peito suavemente, contar carneirinhos bolsonaristas. Poxa aí que não durmo mesmo, esses nunca acabam!

Dia desses passo aqui num boteco, de esquina, da descolada Santa, a Cecília. Quarta-feira, dia de feijuca! E leio feijoada, pequena, média e light. Aí lembro dum amigo do BB, o filósofo Marco Antônio, que dizia que se é para comer uma boa feijoada (enfiar o pé na jaca) o “crime tem que compensar”. Poxa, meus caros e regrados leitores, pururuca vegetariana, nem vocês, nem eu, nem o Marco Antônio, nem a torcida do Palmeiras merecemos!

terça-feira, 9 de julho de 2024

Com o fígado, infelizmente…

Está claro que há um grande "acordão" para não prender Bolsonaro. Lira e o congresso bolsonarista que o costuraram. Até mais do que isso preparam, para o ano que vem, a anistia política do ex-presidente. Em janeiro, o centrão e o bloco de extrema direita, que representam maioria no Congresso Nacional, devem eleger o novo presidente da Câmara e do Senado. Sim, “elegemos” um congresso de extrema direita!

A Justiça apesar de todas as evidências das investigações da Polícia Federal caminha a passos de lesma hesitante. Provas não faltam, vontade parece que bastante. Acena com movimentos que nunca são levados adiante. Há apenas pirotecnia para distrair ou acalmar os mais indignados.

A liberdade do peculatário, golpista e genocida deixa claro que a decisão política tem prevalecido sobre a questão jurídica. Qualquer outro cidadão com a capivara de Bolsonaro já estaria trancafiado.

É uma pena que a dor de 700 mil famílias seja esquecida. O genocídio, infelizmente, aconteceu. Os alienados e os mal intencionados rebatem que morreram vítimas de covid no mundo inteiro. Sim, até se ter a vacina. Ou alguém contesta que a vacinação estancou a pandemia?

O pico de morte por covid no Brasil aconteceu no primeiro semestre de 2021, entre janeiro e junho daquele ano morreram de covid exatos 314.765  brasileiros. Um ano antes, em agosto de 2020, a Pfizer ofereceu vacinas ao governo brasileiro e foi ignorada. Uma vez só não, foram feitas ofertas oficiais em 14, 18 e 20.08.2020 para entrega ainda em 2020!! Sim, Jair Bolsonaro é um genocida! E também golpista e peculatário.

Só que o congresso age para blindá-lo. Nas horas vagas sabota projetos sociais e econômicos do atual governo, aliás nessa tarefa conta com o apoio do presida do Bacen. Aprova a invasão de terras indígenas, a liberação do desmatamento e da boiada, do agro veneno na agricultura. 

A trupe congressista é contra a taxacão de grandes fortunas. Legisla, ainda, sobre o corpo da mulher, pró estuprador e contra a liberação do uso da maconha, na contramão da moderna civilização.

Enquanto isso, parte do STF parece mais preocupada em escolher o sabor da pizza. Portuguesa, made in Lisboa!

sábado, 20 de abril de 2024

O Complexo de Israel, o Elon Musk, o Congresso Nacional e outras drogas…

Eu tinha me imposto um período sabático de rabiscos políticos e de outros temas indigestos. Meus leitores mereciam esse descanso! Tenho até algumas novas poesias ainda não publicadas. Mas de vez em quando o fígado transborda. Pois não é nada fácil conviver com tanta leseira que, como diriam os antigos, dá mais do que chuchu na cerca, aqui pelas terras brasilis.

E haja chuchu ou abobrinhas. Seja de fabricação nacional ou importada dos EUA, de Israel, da Argentina do Milei, da Hungria, do partido espanhol Vox ou de qualquer canto do Planeta onde prospere a nefasta extrema-direita política. Por aqui além de nefasta ela é tão medíocre e ignorante quanto o seu maior representante, o tosco capitão que até o exército o expulsou. Então, com licença, lá vem o cronista de abobrinhas.

Outro dia, ao me referir, num post, à aliança narco-milícia evangélica no Rio de Janeiro causei arrepios em algumas hostes mais conservadoras. Só que o chamado “Complexo de Israel”, que reúne cinco grandes favelas cariocas sob o comando da parceria milícia, narcotráfico e igrejas pentecostais, está aí, para quem quiser enxergar. Eu sei que em terra de bolsonaristas é difícil pedir visão além de um palmo do nariz ou de uma “boa” fakenews.

E por falar em fakenews, um outro personagem se uniu ao front bolsominion. Se o consórcio de milícias, igrejas evangélicas pentecostais e narcotráfico usa metralhadoras, “fé” e imposição para conduzir o gado, o bilionário Elon Musk, o Sr. X, distribui, a peso de ouro, fakenews a granel, para alimentar o rebanho bolsonarista.

A grande mídia faz também seu papel, hoje mais digital do que impresso. Mas deixa a sua impressão! Bancada por recursos sionistas ou de bilionários de outras origens, a imprensa desinforma ou “informa” pautada pelas elites, ao som de louvores neoliberais econômicos. Tudo regiamente remunerado com os juros parrudos do Bacen, por incrível que pareça, outro braço bolsonarista.

E para fechar a conta e receber a fatura, outro tentáculo bolsonarista dá as cartas no Congresso Nacional. O mafioso Lira e o Centrão, na Camara e no Senado, sabotam e/ou barganham as pautas progressistas e sociais do governo, enquanto engavetam projetos de combate às fakenews e votam para soltar o mandante, conhecido, do assassinato de Marielle Franco. E de quebra votam, contrariando a ciência e o mundo contemporâneo, a favor da criminalização da maconha.

E aí numa só tacada, afagam a hipocrisia do eleitorado evangélico e protegem o rentável negócio do narcotráfico, seja dos traficantes evangélicos capatazes ou dos traficantes graúdos de longe do morro.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Os crimes ocultos e a inteligência descoberta…

Há um curso no mercado financeiro chamado combate ao crime de lavagem de dinheiro. Aprende-se nele que uma das fases mais importantes desse processo criminoso é a chamada “ocultação”. Nessa etapa realizam-se diversas atividades financeiras simultâneas inserindo, assim, camadas intermediárias nessa cadeia, infelizmente não a de grades, com vistas a dificultar o rastreamento e camuflar a origem do dindin.

Trago esse exemplo pois esse processo de “ocultação” me parece ser o mais utilizado pela quadrilha responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson de Barros, ocorrido em 14.03.2018. Nos 4 anos do governo bolsonaro o que se verificou em relação ao caso foram mais despistes, ocultações e acobertamentos do que propriamente investigações. Haja inteligência para isso!

Nesse emaranhado de nomes e acontecimentos, que têm mais confundido o caso do que esclarecido, a única coisa certa por enquanto é o envolvimento das milícias. Só não se sabe ainda até em quais vizinhanças essa milícia avança. Há porteiros, seguranças, vizinhos, amigos, homenageados, assessores e milicianos de todo lado. Só não se chega aos nomes dos mandantes dos assassinatos.

Até o rumoroso “divórcio” do então ministro da Justiça, Sr. Marreco Quase Cassado, com o presidente da República de turno, Sr. Genocida inelegível, foi provocado pelas investigações da Polícia Federal. À época, o ex-ministro saiu do governo, que ele ajudou a implantar ao mandar o adversário para a cadeia, com a grave acusação de que “bolsonaro interferia na Polícia Federal para proteger a família e aliados de investigações”. Lembram? O cronista policial de botequim e o Google não esquecem!

Mas assim como na vida, na política há reconciliações! Até com direito a cochichos, segredinhos e cumplicidades, como se viu no debate presidencial. É claro que a reconciliação fica mais fácil quando o acusado precisa dos votos moristas para se reeleger presidente e o acusador dos votos bolsonaristas para se eleger senador. Ficou dito pelo não dito, o acusado pelo não acusado e tudo ficou devidamente ocultado ou camuflado! Assim como fica o dinheiro no caso do crime de lavagem de dindin e o mandante no caso do crime de assassinato de Mariele e Anderson.

Mas a esquerda, essa comunistada, não perdoa! Só que agora se superaram em suas invenções caluniosas contra o pobre genocida, ladrão de jóias, dos cofres públicos, de pobre, de trabalhador, do meio ambiente e etc. Descobriram, vejam só, a inteligência do bolsonaro! 

Computadores, notebooks e celulares ao mar!


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

As cataratas e a Enel...

Descobri recentemente que Foz do Iguaçu é o terceiro destino mais visitado por turistas estrangeiros no Brasil. Bom, então como bom brazuca resolvi conhecê-la. Cidade fronteiriça com Argentina e Paraguai abriga as cataratas do Iguaçu e a Usina hidrelétrica binacional de Itaipu, maior geradora de energia do mundo.

Além do gigantismo e encanto das cataratas, das belezas naturais e das riquezas de fauna e flora, o que chama atenção é a sua história. Em 1916, a passagem de Santos Dumont por lá mudou o destino de Foz do Iguaçu. O pai da aviação resolveu dar seu pitaco fluvial. Até então a área pertencia ao uruguaio Jesus Val e Dumont intercedeu junto ao Presidente do Estado do Paraná, Afonso Camargo, para que a área fosse desapropriada e tornada patrimônio público.

Criou-se assim o Parque Nacional do Iguaçu, hoje com 185 mil hectares. O parque, rica reserva natural, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Apesar de não contemporânea, que bela, mágica e histórica tabelinha, Santos Dumont e Chico Mendes.

E a Enel com isso, ô cronista de catarata? Tudo a ver! Faz algum tempo que prometi aos meus abnegados seguidores um rabisco que versasse sobre o tema privatizações. Nada mais icônico do que a história das Cataratas. Ela joga uma luz na questão da Enel. Principalmente porque fornecer energia elétrica não é o forte da empresa privada de energia elétrica!

Assim como é inconcebível imaginar que riquezas naturais de um País fiquem nas mãos de alguns privilegiados, também creio que não faz sentido deixar para iniciativa privada, que busca tão somente lucro e retorno financeiro para seus acionistas, controlar setores estratégicos como energia elétrica. E saneamento básico, como quer o miliciano carioca, flamenguista e se não bastasse afilhado de genocida!!

Apesar dos neoliberais defenderem que a mão invisível do mercado deve regular a economia, o único movimento que se vê dessa mão aí é o de bater a “carteira” do trabalhador, do pobre e do cidadão em geral. Seja nas Americanas ou na privataria da Eletrobrás , né João Paulo?