quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A “pílula do veneno”, o mercado e o apagão

Nos meus últimos tempos de Banco do Brasil trabalhei na área de mercado de capitais e operações estruturadas. Estruturando o quê, cara pálida? Sim meus pacientes leitores, cabe aqui uma breve explanação sobre esse segmento, que diga-se de passagem é bastante interessante e, conceitualmente, fundamental para a economia. Assim lá vem o cronista financeiro de estruturas de botequim…

Os grandes bancos têm setores específicos para as áreas de mercado de capitais, de aquisições, fusões, leilões públicos e reestruturação de dívidas de grandes empresas. Em face dos valores expressivos é muito comum os bancos sindicalizarem essas operações entre eles visando a mitigação de riscos. Falei grego? E olhem que essa área é de puro anglicismo. Inclusive com poison pill, a tal pílula do veneno.

Mas trocando em miúdos, como diria o grande Chico, nesse nicho os bancos realizam, em consórcio, os empréstimos para megaempresas. Só para exemplificar é comum sentarem à mesa, BB, Bradesco, Itaú e Santander e a megacorporação a ser financiada para “estruturarem a operação” de crédito, que em alguns casos nem crédito bancário tem, só a colocação de papéis, tais como debêntures, para investidores no mercado de capitais.

Imaginem a mesa! Os estruturadores de 3 ou 4 grandes bancos, da megaempresa ou órgão público, os jurídicos de cada uma dessas Casas e um grande escritório de advocacia contratado para “mediar” a operação e produzir, a muitas mãos e cabeças, os documentos jurídicos e comerciais do negócio. Pelo BB, muitas vezes foram este aqui e o Zé Reinaldo, filho da SANFRAN, do Largo São Francisco, em Sampa. O Zé, fã do Cauby Peixoto, nem tudo é perfeito, seguramente é um dos caras mais eruditos, inteligentes e articulados que conheci na minha passagem pelo Banco do Brasil. Modéstia nossa à parte, nós dávamos um pouco de trabalho para o tal Mercado.

Mas é óbvio que pela magnitude do segmento e dos valores monetários envolvidos algumas vezes injunções políticas do governo da vez podem prostituir o negócio. Seguramente foi o caso da privatização da Eletrobrás, realizado no último semestre do governo bolsonaro. Por se tratar de privatização de estatal desse porte e dos "interesses" envolvidos, os bancos participantes foram meros “colocadores” do papel no mercado. Todo o desenho da operação passou pela prancheta do Guedes. Haja vista que um dos bancos líderes do deal de distribuição de papéis foi o BTG Pactual, fundado por Paulo Faria Limers Guedes.

Deixo para outra crônica minha visão sobre as privatizações. Quem me conhece já sabe qual é… Ixi.. um comunista infiltrado no mercado de capitais! Calma, meus leitores, repito, conceitualmente, o segmento de mercado de capitais é fundamental para a economia e desenvolvimento do País. Mas nunca para estruturar operações de entrega de patrimônio público para a iniciativa privada.

O caso da Eletrobrás então é uma aberração econômica, jurídica e policial! A gigante estatal prestadora de serviço essencial, energia elétrica, com a privatização passou a ser controlada pela 3G Capital e sua subsidiária 3G Radar, ambas do trio de bilionários da Americanas. Aqueles sim, do golpe, que o Mercado faz vistas grossas e “passa pano”. E cujas fortunas não são taxadas pelo Fisco. Os do topo da cadeia alimentar, os “super-ricos”, defendidos pelos singelos pobres de direita, os “perus de Natal”!

A cereja do bolo, ou da privataria, foi a estruturação da operação, pela patota do Guedes, com o mecanismo anti reestatização, ou também chamado de anti-Lula, a tal pílula do veneno! Assim com cobras e sem antítodos apagaram-se as luzes…

sábado, 5 de agosto de 2023

O figurino do casamento… na Loja!

Outro dia vi um post no instagram que aguçou minha imaginação, de grandeza inversamente proporcional ao meu juízo. A postagem trazia a lembrança de que o ex-juiz vaza jatista, ex-ministro, e, provisoriamente, senador, Sr. Marreco Moro foi padrinho de casamento da Sra. Zambelli Django, a ainda deputada federal.

Assim não dá, isso liga a usina! Daí não resisti a tentação de criar um roteiro mais adequado, digamos assim, para o referido casório. E o humor será, uma vez mais, a catarse para as desgraças que figuras tão execráveis trouxeram para o País nos últimos anos.

Cabe destacar que o senador no dia da cerimônia chamou a deputada de “guerreira”. Isso é fato. Só fico pensando se guerreira seria pelo seu desempenho como pistoleira pelas ruas de São Paulo. Ah… pistoleira pelo porte e uso de revólver! Aliás, em plena luz do dia, no meio da rua, apontado para alguém que a nobre deputada perseguia.

E por falar em senador e deputada que hercúlea tarefa a do Bruxo!! Governar com um congresso nacional dessa “qualidade”. Muitos votaram nele sem se preocuparem com a escória que elegiam para a câmara e senado. O Lula ganhou a eleição presidencial mas o inelegível venceu a eleição parlamentar. Pois Nero e Lira sempre se completaram, seja em Roma ou no orçamento secreto. Isso, diga-se de passagem, também explica o porquê do genocida não estar ainda na Papuda ou em Bangu!

De volta ao casamento, imagino que a cerimônia para ser mais simbólica deveria ter algumas outras personagens do mesmo "nível" do peão dos EUA e da peoa do bolsonarismo. Se bem que algumas dessas personagens lá estiveram, como a  namoradinha do gado, a atriz Regina Duarte, num papel que deixaria corado até o bom e velho Francisco Cuoco!

O fato de o enlace matrimonial ter reunido debaixo do mesmo teto, maçons, bolsonaristas, evangélicos e militares, já me dá uma certa liberdade poética, no caso de cronista nupcial, para criar ao meu bel prazer o roteiro das bodas. Espero que não dê bode!

Sendo assim, na minha cabeça a cerimônia seria celebrada, a quatro mãos, por Macedo e Malafaia. E por falar em dupla, os sertanejos Gusttavo e Leonardo seriam responsáveis pela trilha sonora. Mas como “panela velha é que faz comida boa” o Reis, não o Nando, é claro, também daria sua palinha. As gravações do evento ficariam a cargo dum amigo da noiva e do padrinho, o hacker de Araraquara.

A dama de honra e guardiã das alianças e das próteses, seria a Sra. Michelle. Se bem que a maciça presença de militares talvez exigisse dela a guarda de outros tipos de próteses além das oculares. Digamos assim mais “intimas”, adquiridas, com dinheiro público, junto com viagra e leite condensado. Bravo, doce e ereto exército brasileiro! A tropa do Cid!

Finalmente para coroar a celebração o “receptador” das oferendas seria o capitão cloroquina, o “chapa” e ex-vizinho do PM reformado Lessa, ausente da cerimônia por estar preso como principal suspeito de dois assassinatos. Crimes ainda sem mandantes conhecidos!? Mas… voltando ao capitão ele aceitaria os dízimos em joias árabes, rolex, ou via PIX! Vocês acham que é piada, né?