Rueiro inveterado este cronista de rua sempre foi avesso à TV. Hoje, por exemplo, minha grade de canais se restringe apenas a canais de esportes. Só pra ver o meu Palmeiras, sim senhor! Netflix e Amazon suprem outras necessidades culturais. Olha aí o merchan gratuito gente!
Mas insone renitente havia certo programa televisivo que despertava minha atenção, como se eu conseguisse dormir! A atração chamava-se “ Jô 11 e meia'', só no nome, pois das 23:30 horas o programa nunca começava antes da meia noite. Assim madrugada adentro um certo "gordinho" simpático, inteligente, culto e bem humorado enchia a tela da minha TV. Por ele o aparelho se ligava!
O carismático entrevistador, e sua indefectível caneca, brilhavam tanto ou mais que os ilustres entrevistados. Estes descontraídos e arrebatados se rendiam ao apresentador e produziam deliciosas e interessantes entrevistas. Enfim, era difícil resistir ao seu humor inteligente. Eclético, inspirado e inquieto em outros momentos ele já havia produzido impagáveis e inesquecíveis personagens humorísticos.
O seu programa de entrevistas era um cultural gozo televisivo! Que arrancava gargalhadas até do sisudo Bira! Bira, Derico e a banda, todos comandados pelo "maestro" Jô. Televisão, teatro, cinema, literatura, pintura nada passou ileso ao inesgotável talento daquele fanático torcedor do tricolor das laranjeiras. Carioca de nascimento paulista por opção. Assim o dizia.
Diplomata, poeta, escritor, jornalista, dramaturgo, diretor e ator de televisão, cinema e teatro, músico e artista plástico. Num momento de escassez de inteligência sua genialidade fará muita falta. Descanse em paz, José EuGÊNIO Soares! Beijo pro gordo!!
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