quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O BB e o BB, desculpem, mas o BB. A crônica privê…

Depois de mais de 30 anos estou saindo do BB. Nenhuma relação da minha vida foi tão longa. Eu o deixo, porque quero e por ter chegado a hora, mas o amo. O BB foi para mim sinônimo de luta e superação. A história da minha vida, da qual me orgulho, quem me conhece sabe. E a opinião e a amizade de centenas de companheiros que fiz dentro do banco e no sindicato são as que me valem.

O BB que eu sou apaixonado não é esse de Rubem Novaes e do seu medíocre e entreguista chefe, que menosprezam e desvalorizam seus funcionários e seu povo, respectivamente. Nem o de chefetes que tratam gestão de pessoas como mecanismo de seu próprio carreirismo.

Saio de cabeça erguida pois nunca me curvei aos desmandos desses dejetos corporativos, isso sem deixar de ser dedicado, comprometido e eficaz. Mesmo não abrindo mão de meus princípios consegui, de alguma forma, ser reconhecido e progredir dentro da estrutura de cargos da empresa. Ao gerenciar pessoas aprendi mais com elas do que nas graduações e pós-graduações que cursei.

Petista assumido nunca fui menos profissional por isso, pelo contrário. Em nada me beneficiei por sê-lo nos governos do PT. Da mesma forma que as minhas atividades sindicais, greves, crenças e convicções não me impediram de chegar até aqui, mesmo tendo enfrentado pressões em governos, digamos assim, neoliberais (Sarney, Collor/Itamar, os de FHC e Temer). No atual, sem comentários...

Mas excrecências passam e o BB fica. E eu, agora, passarinho. O BB que eu amo é o das escolas desenvolvimenta e Keynesiana não o das monetarista e neoliberal. É o BB fomentador do crédito agrícola para os pequenos agricultores, para quem o banqueiro privado não tem muito “apetite” para emprestar seu estimado dinheirinho. O Banco que apoia o desenvolvimento do micro, pequeno e médio empresário e o seu efeito gerador de emprego.

O BB que dá suporte para os investimentos das grandes empresas nacionais em infraestrutura e produção, seja via crédito bancário ou mercado de capitais. O Banco que eu amo tem papel e função social no desenvolvimento econômico do País com distribuição de renda, como fizeram Lula e os governos do PT. Enfim eu amo o nosso BB não o BB deles!

O BB que eu amo é o que fez D. Eudette chorar de emoção ao saber que seu moleque, que aos 13 anos (sempre o 13!) já tinha trocado a rua pelo batente, havia passado no seu concurso. Nunca minha mãe foi tão minha! O BB que eu amo me deu condições para, entre outras coisas, dar um final de vida digno pra ela. Fica em paz mãe!

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