O chamado “milagre econômico” ocorreu no inicio dos anos 70, no “coração” do governo militar brasileiro, se é que existe um desses num regime de exceção. Anos de chumbo. E este rabiscador, que até veio a cursar a tal da economia depois, acredita que ainda que não tenhamos vivido determinado período um pouco de história não faz mal a ninguém.
À época, nosso czar econômico, o senhor Antonio Delfim Netto, implantou no Brasil agressiva política de exportações de commodities, achatamento salarial e aumento exponencial de nossa dívida externa para financiar o desenvolvimento econômico mas não social.
Experimentou-se assim o tal do “milagre econômico”, através do qual alcançou-se crescimento anual do PIB de 11%, com o “marginal” detalhe de que toda essa riqueza era concentrada nas mãos, e bolsos, duma casta e afortunada parcela da população.
Delfim Netto tinha uma frase lapidar para justificar essa anomalia cíclica, dizia que “era preciso crescer o bolo para depois reparti-lo”. Se à época o deus mercado já fosse cultuado tal qual é hoje, economistas seguidores dessa seita teriam múltiplos orgasmos com a teoria delfinista.
Bom passaram muitos anos e nada de repartirem o tal bolo. Sobraram para os do “andar de baixo” os sacrifícios sociais com o pagamento da gigantesca dívida externa contraída. Com a ingerência do tal de FMI–Fundo Monetário Internacional- receitando políticas de arrocho e concentração de renda para que pudessem garantir o recebimento deles.
Enfim, gostem ou não os antipetistas, antilulistas, antidilmistas, economistas antikeynesianistas e neoliberais, foi durante os governos petistas que veio a tal divisão do bolo! No maior processo de inclusão social após décadas de modelos econômicos concentradores de renda.
Mas como às vezes, infelizmente, a história se repete, hoje vivemos período de “euforia” dos economistas neoliberais, que fazem vistas grossas para um governo vampiresco para os pobres e recheado de denúncias, para comemorarem a recuperação da “economia dos barrigas cheias” enquanto outras vazias desmaiam de fome na escola primária e precária.
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