Amigos ajuizados me aconselharam a não escrever sobre tema tão delicado e espinhoso: religião. Porém, irreverente e anárquico, por natureza, resolvi ignorá-los. Até porque não quero polemizar e apesar de ter clara posição sobre o assunto não pretendo aqui externá-la. E, afinal, se o novo papa mostrou bom humor em seu primeiro discurso, este arremedo de escritor também vai se permitir fazê-lo.
Eu não sei se o Vaticano tem ideia do que fez!!! Em plena disputa da “Libertadores da América”, fase de grupos, resolveu escolher um conterrâneo de Jorge Luis Borges, Che Guevara, Peron, Piazzolla e Messi para comandar a Igreja Católica, que tem o Brasil como país com maior número de seguidores. Um amigo meu, pai de família, católico, corintiano (ninguém é perfeito) já disse que está se filiando à Universal.
Enfraquecida politicamente, com economia estagnada e moeda fraca, a Argentina virou roteiro recorrente para os brasileiros emergentes. Aí fico pensando nesse povo todo ir até Buenos Aires e não ver o papa. Afinal o novo sumo pontífice, tal qual Maradona o fez, vai se mudar para a “Velha Bota” para exercer seu ofício. A Itália do genial Bertolucci que se vislumbrasse, à época, essa futura coroação talvez tivesse filmado “O último tango... em Roma mesmo!
Mas o que tem mais preocupado algumas autoridades eclesiásticas, assim como Wall Street, a OEA, a União Européia, a OLP, Shangai e os Tigres Asiáticos, e talvez o PMDB, é a possibilidade de, apesar do propalado afastamento entre o kirchnerismo e a igreja, Dna. Cristina resolver “estatizar” o Vaticano e anexá-lo a Casa Rosada. E ainda endereçar a casa de campo do papa para as Ilhas Malvinas. Sem falar no provável ponta-pé inicial que o “santo padre” possa dar no
próximo clássico Argentina e Brasil na “La Bombonera”.
Mas enfim, sobre esse controvertido tema, eu só tenho procurado tranquilizar meus amigos católicos, assim como o afoito e (in)fiel corintiano que quer se bandear pros lados do Edir Macedo, lembrando a todos eles que se o papa é argentino Deus é brasileiro!
Com o deus Maradona e o Papa, los hermanos vão se tornar ainda mais orgulhosos.
ResponderExcluirAmigos ajuizados são mesmo um bálsamo em nossas vidas literário amigo, mesmo não conseguindo nos afastar dos ímpetos quando o assunto é não perder o assunto... claro que um conclave em plena Libertadores desvaloriza nossa janela que nem chegou ainda e valoriza estratosfericamente o passe do “Jorge”.
ResponderExcluir...”Salve Jorge” cantado por “Seu Jorge” não daria tanto assunto...
Jorge, agora construindo um objetivo espiritual que propõe a humildade “enxergando” doravante os que têm sido historicamente invisíveis assemelha-se a história do poeta argentino que na maturidade perdia a visão mas usava o infortúnio como fonte de produção e criação.Ao escrever o “Caos que governa o mundo” propôs a irrealidade como arte até que se confunda com o real.
Fato... O Catolicismo precisa recuperar sua imagem confessando que seu irreal existe e ao mundo contemporâneo afeta... Acha que o valor do passe cai um pouco?
Guevara pegará o mote de simpatia papal e verá que o endurecimento já não é tanto, mas a ternura lá está... Perón diria que a combinação Estado/Igreja não poderia ser melhor...tudo pelo e para os pobres (mesmo sem controle sobre as contas que estremeceram a Argentina)...seria inocência achar que Pontífice o ajudaria nas contas.O laico seria lembrado de pronto!
Piazzola comporia absortamente um novo “Verão Portenho” e conseguiria emplacar sua trilha sonora apenas por “Uma Cabeza” enquanto Lionel Messi, nesse dia de aclamação se recusaria a sair do banco numa homilia campal... literalmente... esperando o jogo acabar para que no futuro pudesse contar:
Meu jogo tal AP e ou jogo tal DP... sim, antes ou depois do PAPA.Haveria algo mais Argentino que criar uma nova referência cronológica mundial?... Yo creo que no...
Quanto ao Amigo corintiano rumo a Universal diga que não o faça... Portenhos nos trazem boas lembranças, afinal onde foi mesmo que jogou Carlito Tevez?...
Ah, finalmente você tem toda razão, o Papa é Pop...mas é bom não esquecer o filósofo Gessinger: ...o pop não poupa ninguém!
Hasta...
Salve meu caro filósofo! Sempre oportunos, pertinentes e arejados seus comentários. Hasta!
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