Já vi esmaltes com desenhos geométricos, florzinhas, bichinhos, escudos de times de futebol e outras alegorias. Assim como já deparei com o esmalte de cor diferente no dedo anelar. Aliás esse é bem legal! Mas o tal que muda de cor nunca tinha ouvido falar. Algumas dúvidas vieram a minha mente. Será que ele varia de tom de acordo com a luz, com a temperatura ou com o humor da criatura? Será radical tal mudança? Atingirá todo o leque de matizes? Desde o vermelho Ferrari® até o azul Suvinil®?
Será que a moda pega ou o locutor “ching ling” é mesmo sem noção? Será um novo clássico ou uma história sem pé nem cabeça. E por falar nisso e as unhas do pé também serão mutantes? Há uma regra de combinação entre as cores dos pés e das mãos? Quais são os critérios para se adornarem as extremidades dos membros superiores e inferiores? Mesmas ou diferentes cores? Tons sobre tons? Cinquenta tons de cinza? (ôpa esses são outros membros!) Com a palavra os estilistas, esteticistas, manicures, pedicures, podolatras e outras autoridades no assunto.
Mas afinal no mundo dos descartáveis e dos últimos modelos e versões nada mais justo que unhas com mutações. Pois como o diriam os Titãs o que importa é ouvir a “melhor banda de todos os tempos da última semana”! Criamos modas, produtos e “celebridades” com data de validade que, via de regra, não vira o mês. Banalizamos os superlativos, abolimos o verbo, cultuamos o objeto e ocultamos o sujeito. Vivemos entupidos dos supérfluos e carentes do básico.
Nada contra a evolução. Movimento é vida. Geminiano irriquieto e irreverente gosto do novo e curto o progresso. Assim como os costumes, a tecnologia, a medicina, as artes evoluem. Precisamos disso. Mas que seja para melhor, com qualidade e acessível a todos, pois banquete em mansão não rima com barriga vazia na favela, nem medicina de “ponta” combina com morte na fila de espera. Que venham as mudanças, mas cuidado não deixemos nosso cérebro virar cesto de lixo.
Oportuna observação caro poeta e cronista...estou me desdobrando para tentar definir as cores do futuro.Como você observa bem, as dores do "agora" não nos permitem nem mesmo mentalmente preconizar possíveis matizes do que ousamos chamar esperança em quem não faz mais o que dissera outrora...de qualquer forma, imaginando as mais triviais solvências utilizadas nessas artimanhas cosméticas do universo feminino, espero ansiosamente o retorno do uso primitivo do "èter"...como água para lavar os rostos de quem prometeu e não cumpriu...quem sabe assim junto do próprio liquido evaporem, para nosso alívio...
ResponderExcluirvivemos a geracao do descartavel ... Coisas, pessoas, relacoes ... Todas descartaveis.
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