quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Natureza viva

Parede de pedra
topo de árvore
trecho de rio
pedaço de céu

De frente pro mato
recorte de vida,
o Sol invade...
pela porta ou janela
afugenta o breu da sala
com sua luz amarela

Pelo Criador e criatura
a esperança renasce
desvanece a dor
pois natureza
é amor...

O tempo e sua obra, com licença poética...

Os relógios diferem as horas, 
mais que ora bolas
é o tempo senão o divisor
entre a efêmera banalidade,
que se curva às horas,
e a imortal genialidade
resistente a cada pôr do sol
por qualidade e gene
que separa a obra em obscura e perene.

A futilidade o tempo leva
no dia a dia de modo fugaz
mas o que fica o tempo trás
como a arte que a pedra marca
e que o ocaso, noite após noite, não descarta.

Lunático

Entre arranha céus de concreto
exuberantemente intrometida, ah a lua...
das lentes e da poesia
é linda e abstrata
concreta para a astronomia
sentimento pra quem a
retrata...