quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Os maricas, a vacina, a pólvora e o exército tupiniquim

Tenho um certo fetiche em ler os comentários interativos das matérias jornalísticas. Além da visão do colunista acabo conhecendo, também, a opinião dos leitores dele, dos “robôs” e gado, inclusive. Isso sempre ajuda a termos melhor visão do mundo, ou de pelo menos da cegueira de parte dele.

Numa fala recente do presidente da república, aquele da filial da “Trumplândia”, o ilustre afirmou que a república que ele desgoverna tem deixar de ser “um país de maricas” referindo-se à excessiva importância que tem se dado a “gripezinha” que matou mais 162 mil pessoas, no reino dele, em pouco mais de 9 meses.

Na repercussão da imprensa, entre os adjetivos com os quais o autor da frase foi qualificado destacou-se o de homofóbico. A falta de empatia e de humanidade estão tão impregnadas na oração do sujeito que nem cabe discutir. Mas eis que um intrépido leitor de um desses articulistas da mídia o corrigiu asseverando que “maricas podem ser homens e mulheres” logo o presidente dele, e por azar nosso, não manifestou caráter homofóbico.

É de surpreender a capacidade inesgotável que esse gado que segue o Messias tem de justificar o indefensável, qualidade até maior que a do “indefensável” falar asneiras. Sem querer entrar na discussão de que “marica” apesar de ser um adjetivo de 2 gêneros coloquialmente define “o indivíduo do sexo masculino que se comporta com modos femininos”, podemos concluir que o ator canastrão, que ocupa a direção da filial da “Trumplândia”, só exibe tal performance por ter uma sequiosa plateia que têm verdadeiros orgasmos com suas pérolas verbais e “twitais”.

Enquanto isso essa tal plateia “nelore” e os outros que têm que assistir a atuação do Bozo, infelizmente, pelo segundo grupo, esperam por uma vacina, que o “caçador de maricas”, insiste em utilizar, a ausência dela, é claro, como plataforma eleitoral para a reeleição dele no reino dos absurdos. Que este humor, catarse dessa desgraça, não soe, por favor, como desrespeito às vitimas, e familiares dessas, da covid 19.

E parafraseando Vandré, para não dizer que não falei das flores, os mariners que se acautelem o exército tupiniquim prepara o seu ataque com armas, canhões e pólvora, muito provavelmente desconhecendo que assim como a vacina a pólvora também é uma invenção chinesa.

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