O que há em comum nas intervenções bélicas no Oriente Médio, em especial Irã, Iraque, Líbia e Kwait, e na aplicação de sanções econômicas, boicotes, espionagens, além de patrocínio da tentativa de golpe na Venezuela? Sim, meus pacientes leitores, as presenças dos EUA e do petróleo, o ouro negro ou será verde musgo?
Até aí a história já conta, de forma clara e desmascarada, a ação e intenção do império yankee em suas excursões além fronteiras, até mesmo a da estorinha mal contada de armas químicas como pretexto para avançar em cima de Saddam, do Iraque e... do seu petróleo, no caso do Iraque!
Talvez por falta de juízo ou por sobra de tempo, aliás quando acaba essa quarentena?, vou me aventurar numa explanação baseada na cronologia de fatos de ordem sócio-político-econômica ocorrida nas terras brasilis a partir de junho de 2013.
Se a trama norte americana nos casos bolivariano e do médio oriente foram mais explícitas, quero conjecturar sobre outra, a brasileira, mais novelesca, bem ao gosto dos nativos daqui e da “brasileiríssima” Vênus platinada.
Para falarmos sobre 2013 teremos que voltar até 2007. Era segundo mandato do governo Lula, do PT, sim a culpa é do PT!, e o Brasil comemorava a descoberta do pré-sal, grande jazida de petróleo localizada abaixo do leito do mar. Olha o petróleo aí gente!
Depois de 2007 e antes de 2013, tivemos 2012! Até aí estamos consensados. Documentos da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), vazados pelo ex-analista da agência Edward Snowden ao jornalista Julian Assange, do Wikileaks, indicavam que, ao longo de 2012, o governo Dilma e a Petrobrás teriam sido espionados pelos americanos.
Voltando à 2013, em junho iniciaram-se, de forma difusa, protestos batizados como “Passe Livre”, contrários ao aumento de R$ 0,20 das passagens de transportes públicos. A partir de janeiro de 2014 esses movimentos passaram a ser capitalizados, nos sentidos figurado e literal, pelo MBL-Movimento Brasil Livre. Recentemente esse passou a ser investigado por lavagem de dinheiro, não sei se real ou dólar...
Na esteira desses movimentos foi deflagrada, ainda em 2014, a operação Lava Jato, estrelada por Sergio Moro, aliás uma verdadeira estrela global. A “Mãos Limpas” brasiliana tinha o estranho cacoete de só investigar corrupção de políticos do PT. Mas claro, a culpa é do PT! Agora em 2020 revelou-se novo personagem da novela, o DOJ – Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Olha eles aí gente!
Para abreviar esta já longa crônica só quero recordar o golpe que, em 2016, derrubou a presidenta Dilma, tão honesta quanto minha vó Genoveva, e o julgamento sem provas que condenou à prisão, em 2017, o maior líder político de esquerda do País e provável vencedor das eleições presidenciais de 2018.
Daquelas eleições emergiu a tosca e iletrada “criatura”, que hoje nem seus criadores conseguem controlar, o sujeito antipobre, antipreto, antipovo, mas que adora o Tio Sam e o corona vírus.
A conclusão, ah a conclusão é de vocês, afinal, sou cronista de botequim não novelista...
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