Dia 15 de março 2020. Domingo. Aniversário da Carolina Giulia Iponema Gallucci. Isso para este errante escriba já bastaria. Mas por ela, pelo irmão dela, por todos os filhos, mães, pais, parentes, amigos, conhecidos e desconhecidos do mundo era um domingo diferente. De retiro. De introspeção e reflexões. Menos para “quatro dúzias e meia” de patriotas cidadãos de bem brasileiros. Defensores do AI5 foram às ruas regidos pelo Capitão Corona e seus vírus ambulantes.
Só para recordar o Ato Institucional número 5 foi assinado em 13 de dezembro de 1968, no auge da ditadura militar brasileira. Entre outras coisas permitia ao presidente da república a retirada de mandatos parlamentares, intervenções em estados e munícipios e suspensão de quaisquer garantias constitucionais, inclusive a de manifestações públicas como aquela daquele domingo.
Os intrépidos manifestantes de 15 de março vociferavam contra o Congresso Nacional, contra o Supremo Tribunal, contra o Comunismo, contra o Feminismo, contra a China, contra Cuba, contra a Venezuela, contra o PT, este não pode faltar!, e apenas e tão somente a favor do Mito e de seu miliciano Estado mínimo. O que em economia chama-se neoliberalismo cinco entre quatro daqueles “manifesteiros” nem têm ideia do que realmente significa e representa.
Infelizmente, a covid 19 veio, didaticamente, esclarecer o quanto o tal estado mínimo, no caso leia-se sem SUS, é um tiro no pé, ou um vírus no corpo, do cidadão comum, de todo um povo que precisa de atendimento médico rápido, simultâneo e ao alcance de todos ($$).
Veio, ainda, mostrar, de forma perversa, que a tal da festejada inciativa privada faz vistas grossas ao interesse coletivo. E que as bolsas de valores, filhas diletas do deus mercado, ficam de mau humor por se preocuparem mais com o dinheiro do capitalista do que com a vida do cidadão comum.
Mas talvez, quem sabe um dia, numa dessas Cubas comunista da vida (e não da morte!), um mais médico perdido ou um desses cientistas barbudos descubram a vacina contra o vírus corona, quem sabe até... contra a estupidez crônica!
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