Nenhum pálido festejo a ser celebrado
Eis o retrato em preto e branco de um tempo deserdado
No qual sobejam explicações e faltam motivos
Gestos contidos, sorrisos encenados e pouco intuitivos
Expira-se o homem incompreendido
Passa o tempo sem ser vivido
revira-se o baú em busca de um alento
que torne sonho o que parece tormento
Que válido seja esse devaneio à forceps parido
nem que seja para inspirar versos que lhe deem sentido
Que permitam que essa ansiedade repouse serena
na beleza inquieta de uma pele morena
Que na vida e na arte o caminho mais uma vez refeito
seja ainda que imperfeito a chance de recomeço
sobrevida e transformação de quem sempre mutante
encontra nas mudanças a razão ainda que mesmo distante
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.