domingo, 28 de outubro de 2012

ETIQUETA EMPRESARIAL

Dizem os especialistas que numa seleção de emprego caso haja empate entre dois profissionais com qualificação técnica equivalente o quesito comportamento e apresentação define o escolhido.   Por isso, meus caros leitores, não subestimem a importância da chamada etiqueta empresarial. 

A minha equipe de trabalho cultiva o saudável hábito, em termos de relacionamento não de saúde, de alternar a compra de bolachas, chocolates, bolos e outras guloseimas para degustação do grupo. Recentemente, essa doce rotina nos remeteu a uma importante reflexão acerca de como as diferença entre os gêneros e as relações domésticas podem influenciar a vida no trabalho.

Sistematicamente são deixados nas muradas que separam as estações de trabalho os pacotes e/ou embalagens dos produtos adquiridos para consumo público. Dia desses, a Sra. XYZ, jovem mãe, dona de casa, esposa, especialista em etiqueta empresarial e também, nas horas vagas, assessora sênior no Banco do Brasil, observou que alguns membros da equipe tinham o estranho hábito de comer a última unidade do produto socializado sem descartar no lixo a respectiva embalagem.    

Ainda de acordo com aquela competente profissional esse gesto seria uma característica eminentemente masculina, uma vez que esses desorganizados seres, segundo sua opinião, estariam mal (ou bem?) acostumados por mães ou esposas ou concubinas ou outras companheiras de qualquer categoria do sexo feminino.  

A questão provocou uma cisão no grupo, uns concordaram, outros não e outros se abstiveram de opinar. Eu discordei veementemente dessa assertiva. Circunstancialmente, hoje não reparto meu espaço doméstico com nenhuma mulher. E mesmo morando sozinho, asseguro-lhes que minha simpática quitinete não é nenhum depósito de embalagens vazias! 

Outro membro da equipe, o Sr. ZYX, discorreu sobre uma curiosa teoria. Segundo ele, quem compra e oferece o produto à degustação pública tem o direito, não sei se constitucional ou não, de não jogar a embalagem no lixo. Fiquei pensado se isso não seria uma espécie de abuso econômico ou qualquer coisa do gênero. Mas achei melhor não alimentar mais polêmicas alimentares.

Outro dia um fato curioso me fez lembrar do assunto. Todas as terças-feiras a minha assessora especial para assuntos ligados à limpeza doméstica exerce suas atividades profissionais em meu apartamento. Lá ela tem livre e incentivado acesso a toda e qualquer substância alimentar que encontrar. Bem, na última terça-feira, ao chegar em casa deparei com o saco plástico vazio das maças da Mônica (do Adilson) repousando placidamente em minha fruteira.  Preocupado com a formação profissional da minha eficiente assessora pensei em encaminhá-la para um curso de etiqueta profissional com minha colega, Sra. XYZ. RSS


10 comentários:

  1. Prezado amigo detentor desse salutar e elucidador Blog...
    Sociológica e antropologicamente falando, infelizmente existe mesmo coerência na interpretação da Sra. Xyz o qué é inconscientemente confirmado pelo Sr. Xyz.
    A historicidade da instituição "familia" ou grupos consanguíneos socialmente interligados e identificados por alguns antropólogos como primitivos por viverem isolados da sociedade urbana(creditando termos as respectivas épocas e alguns pesquisadores), em seus aspectos hierárquicos presumiam o individuo do sexo masculino, provedor-mantenedor do clã dispensando-o das mais triviais atividades domésticas imagináveis cabendo ao grupo então identificado como sexo frágil(em muitas sociedades até como seres inferiores)as responsabilidades identificadas como "domésticas" onde por séculos muitos indivíduos masculinos sofreram a ação cultural acima citada(claro , de forma simplista).em raros casos de grupos sociais identificara-se fatos inversos sendo a mulher a provedora e o homem o servil doméstico.O principio de direito da omissão masculina às ações domésticas está enraizada ainda em nossa sociedade.Agora é claro que exceções tem se apresentado e isso se torna explícito quando você nos contempla com suas ações cotidianas dentro de seu recluso espaço de descanso e restauro dignamente nomenclaturada quitinete e oferecendo-nos as faces antagônicas do óbvio quando explicita o reflexo do descuido de sua "diarista" magnificamente nomeada por ti com um título que potencializa a valorosa profissão.Espero que não se aborreça com minha opinião pois gostaria de não estar (assim como você) em nenhuma estatística que me colocasse diante de adjetivos como desleixado, ou outros que o grupo feminino parece ter o remissivo prazer de nos atribuir, porém organização, sob minha humilde ótica, ainda nasce da prática da observação do comportamento feminino desde nossa mais tenra idade (o cotidiano materno) até o momento em que nos tornarmos empreendedores independentes e bem sucedidos.rsrsrs
    Saudações antropológicas e sociológicas...
    Wolf do Vale

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  2. Meu caro Wolf do Vale ter um comentarista sócio-psico-antropológico do seu quilate por aqui só engrandece este modesto, humilde e despretensioso blog. rsrsrs Saudações!

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  3. Caríssimo cronista: Em primeiro lugar, gostaria de dizer que gostei muito do seu texto, bem leve e espirituoso.
    Quanto à “polêmica questão”, concordo bastante com o comentário do Sr. Wolf, que se ampara em conhecimentos antropológicos para “chancelar” esse pequeno deslize ou esquecimento como próprio da personalidade masculina.
    No entanto, gostaria de salientar que as exceções se multiplicam do lado do homem, muitas vezes doutrinados pelas próprias atividades profissionais executadas, outras pela necessidade imposta pelo fato de não contarem com alguém para o exercício desses afazeres em seu lar ou até em função da “alma feminina”, hoje presente em parcela considerável do universo dos seres masculinos.
    Ao mesmo tempo, digo sem qualquer ranço de machismo (creio eu), cresce também em proporção geométrica, de forma assustadora, o número de mulheres que, a partir da “igualdade e libertação” conseguidas a partir dos movimentos feministas, perderam muito de suas características eminentemente femininas (pelo menos em idos tempos), como a suavidade, o recato, a elegância e a delicadeza, entre outras, tornando-as, em muitos casos, muito mais desorganizadas e desleixadas – para dizer o mínimo - que os homens.
    Concluindo, tô de acordo com você, caro Adilson. Isso não depende mais de sexo.
    Quanto à Sra. Xyz, não estranharia se ela dissesse que muito provavelmente você já estivesse começando a se esquecer das coisas que faz .... (rsrsrsrsrs)
    Um abraço do
    Julio Guilherme

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  4. Caro Julião, sim tais qualidades, ou a ausências delas, independem do sexo. Grande abraço meu amigo!

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  5. Realmente ao ler o texto acima me questionei se a situação acima aconteceu somente lá ou em outras divisoes. Mesmo assim...parabéns ae.

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  6. Rodrigo, acontece em todas divisões e unidades! rs abração.

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