Dia desses lembrei-me de Marco Polo, o navegador. Mesmo tendo percorrido caminhos distintos do veneziano, no final das contas, fiz uma descoberta parecida com a dele. É certo que o italiano desbravou mares inóspitos e desconhecidos em sua aventura rumo ao Oriente.
Mas eu percorri a Radial Leste e “subi” a Rua da Mooca, de cabo a rabo, por volta das vinte horas, de uma quinta-feira paulistana! Mares conhecidos, porém bravios, meus caros e pacientes leitores não residentes em Sampa. Portanto, vamos e venhamos, nada fácil! Até a Rua dos Trilhos, ainda que sem os ditos-cujos, surgiu no meu precariamente asfaltado caminho.
Enquanto o “nobre italiano” singrava com sua impoluta embarcação rumo ao Oriente, eu, “italiano do Brás”, naufragava nos faróis vermelhos de todas as vinte e cinco travessas da boa e velha Rua da Mooca. Viajava este aventureiro embarcado num legítimo exemplar da Fabrica Italiana de Automóveis de Turim. Tutti buona gente!
Eu talvez soubesse menos do que ele o que me esperava. Ele estava em busca da seda. Eu de seda, parecia mais o próprio bicho fora do casulo. Porém, o destino também me reservaria algumas deliciosas surpresas. Macarrão, à vista!!! E, assim, ambos rumávamos para o leste. Marco, se me permitem a intimidade de “conterrâneo”, para o leste do planeta, já eu ia para a zona leste de São Paulo, mesmo.
Não pretendo entrar na discussão da origem do “nosso” macarrão, que chineses, árabes, italianos, cantineiros do “Bexiga” e a chefe de cozinha da Mancha Verde reinvindicam. Se bem que ao que parece já foram encontrados, na região da Rua 25 de março, pacotes de macarrão da idade média, com validade de 650 anos, da marca “MacJac”, made in China.
Mas torre de Babel à parte, a mim interessa apenas falar sobre a melhor lasanha árabe que degustei em minha vida. A versão islâmica dessa iguaria, a qual minha avó já me apresentará em seu tradicional modelo com presunto, queijo e molho à bolonhesa 4X4. Assim como Marco, também descobri que além da boa pele de seda, o Oriente também nós reserva agradáveis segredos culinários.
Parabéns. Estou cada vez mais surpreendida com este teu dom. Beijos.
ResponderExcluirParabéns, poeta!
ResponderExcluirQue imenso sentido de liberdade, em meio a tantas opressões e oposicoes.
ResponderExcluirParabéns pelo talento!
Va' em frente com a sua poesia.
Beijos
Lea Picelli
Adorei, poesia sincera e singela, quero mais
ResponderExcluirParabéns
Simplesmente linda, simples assim...
ResponderExcluirAmei. Parabéns!
ResponderExcluirQue linda.
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