sábado, 30 de junho de 2012

ENTRE MASSAS E VINHOS

Ontem fui a uma festa de aniversário! Carcamano, admirador confesso das massas, este dublê de bancário e rabiscador de baboseiras foi conduzido a uma charmosa pizzaria dos “jardins”, conhecida região formada por elegantes bairros da zona sul paulistana. Que chique!

Mesa posta, lugares à mostra, festa composta, e eu pensando naquela proposta. Eu perdi a aposta e a companhia fez uma contraproposta. Mas, enfim... cheguei ao local. Na companhia da aniversariante, Dna. Lú e do sommelier, Monsieur Ominé, responsável por desvendar os segredos da carta de vinhos da Casa. 

De cara, nosso sommelier debateu com o especialista local a epopéia vinícola e a relação entre o vinho e a orientação sexual de seus consumidores. Observei, atento e boquiaberto,  o cipoal de conhecimentos trazidos à mesa por ambos. Suavidade,  “encorpamento”,  temperatura,  bouquet, paladar,  coloração,  grau de masceração,  origem e atratividade foram discutidas com autoridade pelos “experts”.   

Ao final da conversa,  pareceu-me que a predominância de homens ou mulheres no evento  deveria ser o mote para a escolha do tipo de vinho. Feitas as contas, montadas as planilhas... nada se concluiu! Lamentou-se, então, a ausência, naquele momento, do Sr. Marc Atto, o estatístico da trupe.

 A festa se seguiu, com a chegada do jovem Theo e de seu pai, o Sr. Thomaz Edison, consorte da aniversariante, e da Sra. Amira, comazar de trabalhar com o sr. Ominé. Chegaram, ainda, a Sras. Andressa  e Cristina Corporate Finance F., a srta. Patrícia e os srs. Marco(s) Anthony e Vinicius, além do srs. Quiz e Marc Atto. Estes vindos diretamente da pista de dança do Bovinu’s Baladas Carnívoras.

 Juntaram-se também ao grupo os Srs. Rei Nato Boss Providência,  J. Reinold Pai Fresco Júnior,  Phlilip Prince I, Newdo Pré-sal Project Finance, o Sr. Charles DTVM e senhora e, ainda, o  engenheiro de produção,  Dr. Sergei S.S..  Todos convidados para as festividades de aniversário da mãe do jovem Theo Jobs Gates.

Degustadas as entradas, foram pedidas as pizzas. O Sr. Marco Anthony, vegetariano e fã declarado do Dr. Drauzio Varella, sugeriu uma pizza “leve”, composta de palmito, cebola “roxa”, uma espécie de queijo amarelo,  derretido sobre uma  massa  de 8 centímetros. Que leveza!  

A partir daí discutiu-se, entre outras amenidades, estilos de liderança, mercado de capitais (além das vendinhas do interior),   agricultura,  em especial os “abacaxis” do Fórum Atacado,  o controle de natalidade e, ainda, os mistérios insondáveis da mente humana, sob a ótica do nosso historiador,  Marcos Vinicius P. L.

Talvez mais alguma coisa tenha sido debatida ou polemizada, como gosta de pontuar nosso historiador P. L,  e tenha passado despercebida deste escrivinhador, mas isso já é passado, o que conta agora são os sonhos e projetos que a aniversariante do dia carrega a tira-colo.



sexta-feira, 22 de junho de 2012

METÁFORA

Mente longe longe mente
A mente mente descontente
Mente noite friamente
Fria mente mas ardente

Mente arde incandescente
Pura mente indecente
Só mente gente mente
Doce mente indulgente

Ela, a mente, desmente
Mente ela só mente
Firme mente mas gentil mente
Viva mente livre mente...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O RELÓGIO BIOLÓGICO DO METRÔ

Outro dia um amigo fez um interessante comentário sobre o humor das pessoas no Metrô. Meu atento e estudioso camarada discursou sobre o clima festivo e animado que se observa à noite nos vagões do Metropolitano de São Paulo, e que o mesmo contrasta com o ar circunspecto, sonolento e até mal-humorado que prevalece nas composições no inicio das manhãs. Seja na estação Itaquera-Corinthians como na Barra Funda-PALMEIRAS ( grifo por conta do autor!)

Parece bobo e irrelevante, mas é um fato indiscutível e que dá margem a uma profunda análise psico-sócio-comportamental do ser humano. Coisas de relógio biológico, ritmo circadiano, ou seja lá o que for, o fato é que a constatação de meu amigo é absolutamente correta. Observem meus caros passageiros!

Para quem não sabe o Metrô de São Paulo ramifica-se em linhas que são classificadas por matizes e números. A explicação é pertinente, pois outro dia descobri, fuçando no menu "estatística e origem de tráfego" do meu blog (é isso Carú? tá certo Xan?), que tenho leitores (t r ê s) na Alemanha. O que não se faz após encher a pança de chucrutes, joelho de porco, steinhager e cerveja!!

Mas por falar em tráfego vamos voltar aos trilhos. O clima ranzinza matutino é percebido nas linhas verde, azul, amarela, vermelha e outras menos votadas do nosso bom e velho Metrô. Assim como o clima alegre e efusivo noturno é notado em todo arco-íris de linhas por onde transitam as composições. Ou seja, independente da origem geográfica ou social da população a noite sempre será uma "criança", risonha, faceira e festiva.

Reparem, a tão falada má-educação em relação ao empurra-empurra, disputa por lugares, especiais ou não, bate-bocas, safanões e palavrões sempre acontece no horário da manhã. Já viram o contrário, é claro, a exceção confirma a regra. E não vale citar as arruaças de torcidas uniformizadas após os jogos noturnos, pois tenham certeza que se os jogos fossem de manhã a pancadaria seria bem maior!! Quem dúvida, favor comparecer à SSO.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

SIMPLESCIDADE

A vida pra ser vivida com graça
Tem que ser levada na raça
E também sem rancor e pirraça
Pois isso só traz tristeza e desgraça

Apreciar uma boa cachaça
Mas sem exagerar na taça
Admirar a menina que passa
Pelo caminho que traça

Viver com fé e sem trapaça
Não apedrejar a alheia vidraça
Sem brigas ou arruaça
Sem poluição nem fumaça

Comer uma boa massa
Se alimentar com linhaça
Curtir os amigos de graça
Namorar de mãos dadas na praça

sábado, 2 de junho de 2012

CRÔNICA DO MELHOR LUGAR DO BAR

Dia desses fui numa festa de confraternização. Era mais um desses  eventos comemorativos de fim de ano. Para o bem ou para o mal, o ponto era “tradicional”. Aliás tradição é o que não falta para o local que já foi conhecido como o “bar das putas”. Calma, meus pacientes leitores, essa alcunha tinha uma áurea intelectual e descolada. Coisa bem humorada, típica da verve boêmia. 

E lá fui para o conclave dos bancários. E este aqui, mais um deles, que além de tudo é metido a escritor, chegou atrasado, esfomeado, com sede e distraído, distração essa que, conforme vocês verão mais adiante, teve um alto custo, daqueles que pagamos lamentando por um bom tempo. 

Mas afinal, depois de escalar alguns lances labirínticos de escada, cheguei ao que me apresentaram como a cobertura ou o terraço do tal restaurante, o hoje “Sujinho”,  agora sim de apelido assumido e institucionalizado. De novo, a veia debochada e bem humorada do pessoal da noite agiu rápido para definir a razão social do boteco. 

E aí entrincheirado em meu lugar sou convidado a digerir polentas fritas, batatas fritas, mandiocas fritas, bistecas fritas, etc fritas. Para deixar as pessoas com a consciência mais leve são servidas saladas, variedades de frutos do mar e  outras iguarias mais saudáveis, mas o grande sucesso da comilança é mesmo o filé de brontosauro, com direito a osso e tudo... regados a muita cerveja e caipirinha e, justiça seja feita, algumas resistentes coca-cola, zero!

Mas enfim vieram as fotos, todo mundo quer o seu retratinho, e os clicks só eram abafados pelos berros animados que vinham da mesa do truco. E nas cartas vale tudo, só não vale deixar o chefe perder! Mas só após a sobremesa  percebo... que não ocupei o lugar mais  interessante da festa, aquele que, quem sabe, pode ter sido guardado pra mim.