Eu tinha me imposto um período sabático de rabiscos políticos e de outros temas indigestos. Meus leitores mereciam esse descanso! Tenho até algumas novas poesias ainda não publicadas. Mas de vez em quando o fígado transborda. Pois não é nada fácil conviver com tanta leseira que, como diriam os antigos, dá mais do que chuchu na cerca, aqui pelas terras brasilis.
E haja chuchu ou abobrinhas. Seja de fabricação nacional ou importada dos EUA, de Israel, da Argentina do Milei, da Hungria, do partido espanhol Vox ou de qualquer canto do Planeta onde prospere a nefasta extrema-direita política. Por aqui além de nefasta ela é tão medíocre e ignorante quanto o seu maior representante, o tosco capitão que até o exército o expulsou. Então, com licença, lá vem o cronista de abobrinhas.
Outro dia, ao me referir, num post, à aliança narco-milícia evangélica no Rio de Janeiro causei arrepios em algumas hostes mais conservadoras. Só que o chamado “Complexo de Israel”, que reúne cinco grandes favelas cariocas sob o comando da parceria milícia, narcotráfico e igrejas pentecostais, está aí, para quem quiser enxergar. Eu sei que em terra de bolsonaristas é difícil pedir visão além de um palmo do nariz ou de uma “boa” fakenews.
E por falar em fakenews, um outro personagem se uniu ao front bolsominion. Se o consórcio de milícias, igrejas evangélicas pentecostais e narcotráfico usa metralhadoras, “fé” e imposição para conduzir o gado, o bilionário Elon Musk, o Sr. X, distribui, a peso de ouro, fakenews a granel, para alimentar o rebanho bolsonarista.
A grande mídia faz também seu papel, hoje mais digital do que impresso. Mas deixa a sua impressão! Bancada por recursos sionistas ou de bilionários de outras origens, a imprensa desinforma ou “informa” pautada pelas elites, ao som de louvores neoliberais econômicos. Tudo regiamente remunerado com os juros parrudos do Bacen, por incrível que pareça, outro braço bolsonarista.
E para fechar a conta e receber a fatura, outro tentáculo bolsonarista dá as cartas no Congresso Nacional. O mafioso Lira e o Centrão, na Camara e no Senado, sabotam e/ou barganham as pautas progressistas e sociais do governo, enquanto engavetam projetos de combate às fakenews e votam para soltar o mandante, conhecido, do assassinato de Marielle Franco. E de quebra votam, contrariando a ciência e o mundo contemporâneo, a favor da criminalização da maconha.
E aí numa só tacada, afagam a hipocrisia do eleitorado evangélico e protegem o rentável negócio do narcotráfico, seja dos traficantes evangélicos capatazes ou dos traficantes graúdos de longe do morro.