sábado, 26 de junho de 2021

Cosmopolita paixão

A brisa que vem do mar
a onda que lambe a areia
a magia morena da praia
mítica como a sereia

O mato e as montanhas
a trilha de mata rasteira
a natureza e suas entranhas
sem cercas nem fronteira

Mas ora... estranho é o fascínio da metrópole pulsante
miscigenada em todos
cantos
com arte e beleza em ferro
e concreto
com seus caminhos, descaminhos, poesias e encantos...

Leite condensado, alfafa, chiclete e o auxílio emergencial

“Com quase R$ 2 bilhões, lista de compra de Bolsonaro tem de alfafa a chiclete” ACidadeON/São Carlos. Se a manchete da mídia são-carlense causa estupefação pelos valores não deveria ser assim em relação ao consumo de alfafa e chicletes. Pois se viver não é preciso, para Pessoa, ruminar é preciso, para o gado.

Enquanto o caçador de jacaré e sua trupe seguem na saga anti-vacina, um dos seus quadros, o “queridinho do mercado”, afirma que é contra a extensão do auxílio emergencial. Isso atende o deus mercado e o diabo do seu chefe. Diz até, o ex dono do BTG, que “aposta na eficácia das vacinas”. Já nesse ponto desatende seu patrão. Enfim, escancara-se que a economia, na visão neoliberal, está mais para biologia e para a tese de seleção natural, de Darwin.

Mas por favor não amaldiçoemos, meus resistentes leitores, a economia! Essa foi apresentada, nos bancos escolares, a este cronista de botequim, como a ciência que “administra recursos escassos para o bem comum”. A perversão de achar que o “comum” é só pensar no “bem” das classes abastadas é uma interpretação de determinada linha econômica. Pontuo isso pois o maior problema é, infelizmente, quando os neoliberais cooptam os neobobos para o lado deles.

Dia desses, li ou reli, porque não é nova, uma frase, que nem quem cunhou, que dizia “nós da esquerda somos odiados, com razão, pela elite, já você, pobre de direita, nos odeia de intrometido”.

Mas voltando a economia, ou falta dela, refutar a emissão de moeda sob a alegação de risco inflacionário, com a atual recessão, estagnação econômica, desemprego, baixo consumo e por aí fora, chega ter requintes de crueldade, que não é preciso ser economista para enxergar. Ainda mais se lembrarmos que, ontem, por essas paragens, teve um “partidinho comunista” que tirou da barriga da miséria 36 milhões de pessoas. Mas foi defenestrado do poder pelas elites e seus tentáculos midiáticos e milicianos, de prata ou de chumbo.

Enfim, a elite, em seus castelos, se mantém protegida e invisível, como a “mão” do mercado que regula a economia, guardada pelo bobo da corte e seus milicianos em troca de deleites condensados.