Em tempos que, na terra brasilis, o bom mocismo hipócrita elege bandido chinfrim é impossível não se render aos vilões de boa cepa. O revide do gênio do “mal” a uma sociedade doente é implacável e avassalador. O "fictício" Coringa, encarnado de forma magistral por Phoenix, é um soco no estomago ou um tiro no meio da fuça de quem acredita que ignorar os diferentes, oprimidos e desvalidos é a melhor estratégia de manter trancafiada a caixa de pandora.
“É melhor ser ateu do que católico hipócrita“ quando o maior líder religioso do planeta assim declara é fácil se ter uma ideia a que ponto chegamos. É claro que esse Francisco de Deus é “fora da curva”. Ah dona Genoveva se eu soubesse que haveria um papa porreta desse eu teria ouvido com a senhora a missa das 18 horas do Padre Donizete. Até compartilharia o copo d’água de cima do rádio de válvulas após a celebração.
Mas, voltando para o caso tupiniquim, o mais preocupante é a pobreza de espírito e a desinteligência dos eleitos por esses cidadãos para os governarem e a nós também, por tabela. É assustadora a mediocridade desses líderes. Por isso, ganha mais relevância as declarações duma liderança esclarecida e lúcida, como a do papa Francisco.
E toda essa “tosquice” de líder e liderados é habilmente manipulada por uma elite que se vale do bobo da corte e da corte de bobos para manter bem guardados seus castelos e tesouros. Protegida por milicianos, a quem permite roubos e desmandos, essa casta se mantém invisível como a mão do mercado que “regula” a economia.
Etimologicamente, a palavra “vilão” refere-se ao habitante de uma vila, não pertencente a nobreza feudal. Do latim “villanus”. Um camponês, um não nobre. Talvez isso explique um pouco do fascínio provocado pela genialidade e humanidade do Coringa.