quinta-feira, 12 de setembro de 2013

SEM MEIAS PALAVRAS...

Ele, o poeta, não é para-raios é antena
Da feiura de Tróia ou da beleza de Helena 
não é delicado e cortês por condição
muito menos comedido e fiel por obrigação

É irreverente e irrequieto por vocação

Transgressor e indiscreto por opção
É Romântico e sonhador por crença
Sedutor e apaixonado de nascença 

Poesia não é consolo nem muleta

Poeta não merece busto nem estatueta
Não é modelo, padrão ou referência
Ora... arte não é ciência

Poeta não escreve manual de autoajuda

não é vaso, nem flor sequer uma muda
mas respira e vive a vida até o talo
com a mente, o coração e com o falo...